Ataque

Baía de Sueste é interditada para investigação

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 22/12/2015 às 9:03
Leitura:

Baía foi interditada nesta terça-feira (22) / Foto: Antônio Melcop/Administração de Fernando de Noronha

Baía foi interditada nesta terça-feira (22) Foto: Antônio Melcop/Administração de Fernando de Noronha

A Baía do Sueste, local onde um turista paranaense de 33 anos sofreu ataque de tubarão, em Fernando de Noronha, foi interditada na manhã desta terça-feira (22) para investigações.

Uma equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e um engenheiro de pesca estão no local para captar maiores informações sobre o acidente, ocorrido nessa segunda-feira (21).

Segundo a assessora de imprensa da ilha, Ana Luiza Melo, dependendo do decorrer dos procedimentos de investigação, a baía pode ser reaberta ainda hoje. 

"As equipes estão esperando o momento mais adequado para falar com a vítima e a família porque sabemos que é um momento delicado", disse a assessora.

BAÍA DO SUESTE - A Baía possui largura e comprimento de 500 metros e seu canal de entrada para o mar é de 320 metros. O local é frequentado por tartarugas marinhas, tubarões e diversas outras espécies. A área faz parte do Parque Nacional Marítimo e é necessário pagamento de ingresso para entrada.


De acordo com o engenheiro de pesca e curador do Museu do Tubarão, localizado em Noronha, Leonardo Veras, é necessário, por exemplo, saber se a vítima estava com alguma tipo de isca na mão, se tentou tocar o animal ou se foi um movimento investigativo do tubarão.

Leonardo Veras contou ainda que a vítima estava com a esposa na Praia do Sueste no final da tarde. Ela ficou perto da areia, com a água na cintura, enquanto a vítima foi mergulhar próximo às bóias da baía. Após o incidente, o turista voltou nadando para a areia e foi socorrido por funcionários do ICMBio.

O engenheiro de pesca ressaltou que as espécies mais comuns de tubarão em Noronha são Limão, Lixa, dos Recifes e, eventualmente, Tigre. Em entrevista ao NE10 em maio, o pesquisador decretou: “Tubarão não é feito para comer gente. Aqui temos um ambiente equilibrado e pequena invasão humana no mar. Além disso, a água cristalina faz com que o tubarão identifique o humano e não ataque.  Inclusive, se ele estava com alguma isca na mão, não pode nem ser considerado um ataque”, explicou o pesquisador.

Mais lidas