Agência do BB onde foram comprados dólares falsos suspende venda da moeda

A agência do Banco do Brasil da Avenida Rio Branco, no Bairro do Recife, suspendeu as operações de câmbio na manhã desta segunda-feira (29). O local é o mesmo denunciado acerca da venda de dólares falsos a uma cliente no último dia 18 de junho.

Nesta manhã, a comerciante Cláudia Araújo, 52 anos, tentou fazer, por volta das 11h, um cartão Visa Travel Money (VTM) para a filha, que vai viajar neste fim de semana para um curso nos Estados Unidos, e foi informada de que as operações de câmbio estavam suspensas na agência, sem previsão de retorno. "A moça da recepção não informou o motivo. Foi quando eu me lembrei e perguntei da notícia dos dólares falsos. Ela balançou a cabeça e riu", afirmou. Cláudia disse ainda que foi informada pela recepcionista que a agência do aeroporto estava funcionando normalmente.

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A reportagem do NE10 ligou para a agência da Rio Branco para saber se os dólares estavam sendo vendidos e foi informada de que as notas não estavam disponíveis no momento. Já a assessoria de imprensa do banco afirmou, na tarde desta segunda, que "as operações de câmbio foram restabelecidas na parte da tarde, após suspensão para verificação de rotinas."

ENTENDA O CASO - Na última quarta-feira (24), a estudante pernambucana Amanda Silva foi surpreendida ao descobrir que as notas de dólares que ela comprou no Banco do Brasil da AV. Rio Branco eram falsas. Amanda tentou depositar o dinheiro nos Estados Unidos, onde mora atualmente, e foi informada pela agência norte-americana Bank of America de que o dinheiro era falso. A estudante passou por situação constrangedora, já que até a polícia foi chamada.

Os dólares em espécie foram comprados pela tia de Amanda no BB e levados pelo pai dela, que decidiu passar 11 dias com a filha, que mora em Houston, no Texas. No caixa do banco norte-americano, a atendente colocou as notas na máquina de contagem e averiguação e, após conferir por duas vezes, informou que todas eram falsas. “Não acreditei, disse que tinham sido compradas em uma agência, que era impossível”, contou, em entrevista ao NE10.

Segundo Amanda, o Banco do Brasil entrou em contato com ela. A estudante e a família esperam que a instituição financeira se pronuncie diante das autoridades, já que tanto Amanda quanto seu pai podem responder processo no exterior por causa do ocorrido. O pai da universitária está proibido de deixar os EUA até que a situação seja resolvida.

A reportagem falou com Amanda por volta das 12h e o BB ainda não tinha dado nenhum documento assumindo a culpa ou se pronunciando oficialmente sobre o caso.