Polícia Científica

SDS anuncia banco de dados com perfil genético de condenados em PE

MARÍLIA BANHOLZER
MARÍLIA BANHOLZER
Publicado em 25/05/2015 às 17:28
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Polícia Científica acredita que com banco de dados crimes podem ser evitados e solucionados com mais agilidade / Foto: Ricardo Labastier/JC Imagem

Polícia Científica acredita que com banco de dados crimes podem ser evitados e solucionados com mais agilidade Foto: Ricardo Labastier/JC Imagem

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), através da Polícia Científica, anunciou nesta segunda-feira (25) o funcionamento do Banco de Dados de Perfis Genéticos “CODIS”, que reúne informações biológicas de condenados por crimes hediondos (homicídio, latrocínio, estupro). O sistema, em atividade desde março deste ano, foi doado pelo FBI e está integrado com outros 18 bancos de dados genéticos de todo Brasil, sob a coordenação da Polícia Federal. Com isso, criminosos que tenham suas informações genéticas armazenadas podem ser identificados com mais agilidade e em diversas partes do mundo.

Para alimentar o banco de dados, a Polícia Científica coletou, em 2014, amostras de 800 detentos da Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, no Grande Recife. Deste total, 270 perfis de criminosos já foram traçados e os 530 restantes devem ser incorporados ao CODIS até o final deste primeiro semestre. Após conclusão desta etapa será a vez dos condenados que cumprem pena no Complexo Prisional do Curado, ainda sem data definida.

A iniciativa de coletar amostras biológicas de condenados por crimes hediondos no Brasil está apoiada na Lei nº 12.654/12?, no entanto é pioneira no País uma vez que os demais bancos de dados do Brasil não contam com amostras de condenados. A gerente geral de Polícia Científica, Sandra Santos, acredita que com esta inovação será possível evitar crimes e salvar vidas. “Hoje nós temos uma série de casos detectados a partir do banco de dados genético. Assim você pode pegar um suspeito caso ele esteja no nosso banco de dados e tenha deixado algum vestígio no local do crime”, explicou.



Agora integrado nacionalmente, o banco de dados faz parte das ferramentas do Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense, implantado em 2012 no Estado, Inicialmente o sistema recrutava apenas informarções genéticas de cadáveres sem identificação, familiares de pessoas desaparecidas e vestígios biológicos encontrados em locais de crimes (fluidos, ossos, cabelos,etc).

Estima-se que atualmente o banco de dados reúna amostras de 15 perfis de grupos familiares de pessoas desaparecidas, aproximadamente 100 perfis encontrados em vestígios, sendo a maioria de crimes de agressão sexual. Hoje o Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense auxilia diversos estados do Norte/Nordeste que ainda não dispõem de laboratórios implantados, a exemplo do Maranhão, Sergipe, Piauí, Acre, Tocantins e Alagoas.?

 

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