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Laudo do IML não confirma ataque de tubarão em Olinda

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 01/04/2015 às 16:52
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Diego foi atacado na coxa esquerda por um animal marinho quando surfava em Olinda / Foto:  Amanda Miranda/NE10

Diego foi atacado na coxa esquerda por um animal marinho quando surfava em Olinda Foto: Amanda Miranda/NE10


O surfista Diego Gomes Mota, de 23 anos, foi realmente vítima de ataque de um animal marinho na Praia Del Chifre, em Olinda, mas dificilmente teria sido um tubarão, como especulado. É o que aponta o laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) divulgado nesta quarta-feira (1º).

Apesar de não informar qual animal teria atacado o jovem, o documento traz detalhes sobre o ferimento na coxa esquerda de Diego. “As características do ferimento não remetem a uma mordida de tubarão. O corte é considerado superficial, com bordas regulares. Um tubarão tem dentes serrilhados e arrancam pedaços nos ataques”, afirma o gerente do IML, Antônio Barreto, que possui mais de 34 anos de experiência como legista. “Fiz questão de chamar vários colegas para analisar o ferimento e a opinião foi unânime: não foi ataque de tubarão”, acrescentou.

Confira o laudo:

Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quarta, o coordenador do Instituto Propesca, Bruno Pantoja, que visitou a vítima no hospital e analisou as marcas da mordida na prancha, também afirma que não há evidências de que o ataque foi praticado por um tubarão e levanta outra hipótese: teria sido um jacaré-de-papo-amarelo. “A praia Del Chifre fica próxima dos rios Capibaribe e Beberibe e recebe águas fluviais. No último mês de fevereiro, uma pessoa foi atacada por um jacaré naquela mesma área e por isso não descartamos essa possibilidade”, explicou.

ATAQUE
- Diego surfava com o irmão, Tiago Gomes, 21 anos, por volta das 11h da manhã dessa terça-feira (31), quando sofreu o ataque. A vítima relatou que estava sentado na prancha de surfe havia aproximadamente uma hora e, quando colocou a perna na água, o animal se aproximou e o mordeu. Eles estariam a cerca de 12 metros de distância da orla.  Após ouvir os gritos do irmão, Tiago o ajudou a sair da água e o levou, de moto, para o hospital.

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