UFRPE

Responsável por monitorar tubarões no Grande Recife, Sinuelo está parado há três meses

Inês Calado
Inês Calado
Publicado em 31/03/2015 às 15:48
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Barco da UFRPE não está atuando desde o dia 31 de dezembro de 2014 / Foto: Arquivo/ JC Imagem

Barco da UFRPE não está atuando desde o dia 31 de dezembro de 2014 Foto: Arquivo/ JC Imagem

O possível ataque de tubarão registrado na Praia Del Chifre, em Olinda, Grande Recife, nesta terça-feira (31), traz à tona a atual situação do barco Sinuelo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Responsável pelo monitoramento das espécies de tubarão no litoral do Grande Recife, ele está parado desde o dia 31 de dezembro de 2014 à espera de repasses da Secretaria de Defesa Social (SDS), afirmou Fábio Hazin, pesquisador do curso de engenharia de pesca da universidade. Além de monitorar e identificar os tubarões, a embarcação captura e os devolve ao alto-mar, como forma de diminuir os ataques.

Universidade espera repasse do Governo do Estado para voltar a monitorar

Universidade espera repasse do Governo do Estado para voltar a monitorarFoto: Arquivo/ JC Imagem

As espécies predominantes e responsáveis pela maior parte dos 59 ataques confirmados no Estado desde 1992, continuam sendo o tubarão tigre e o cabeça-chata, este último considerado um dos mais perigosos, sendo responsável por metade dos casos isolados de ataques. 

O tubarão tigre é o mais comuns em águas tropicais e temperadas, em especial no Nordeste. Ele pode chegar a pesar até 600 Kg e medir 4 metros de comprimento. A espécie é conhecida como um predador com uma dieta extensa, podendo se alimentar de focas, peixes, tubarões menores, lulas, tartarugas e até lixo encontrado no mar. Em 2014, uma expedição da ONG Ocearch esteve no Grande Recife para tentar entender a migração da espécie no Brasil.

Fábio Hazin alerta para que os banhistas redobrem a atenção nas praias no período de abril a julho. Com a chegada das chuvas, as águas se tornam mais turvas, aumentando a probabilidade de ataques de tubarão.

Assista ao vídeo em que o coronel Clóvis Ramalho, presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) explica as ações do órgão nos 32 quilômetros de orla com restrições de banho e práticas de esportes, desde Bairro Novo, em Olinda, a Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife:

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