Greve não está descartada

Professores da rede estadual fazem paralisação nos dias 8 e 9 de abril

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 31/03/2015 às 17:43
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A decisão de greve deve ser anunciada no dia 10 de abril / Foto: @holder_309/Twitter

A decisão de greve deve ser anunciada no dia 10 de abril Foto: @holder_309/Twitter

Os professores da rede pública estadual de Pernambuco anunciaram nesta terça-feira (31) que a categoria fará uma paralisação geral entre os dias 8 e 9 de abril. A suspensão das atividades acontece como forma de protesto de advertência para que o Governo do Estado atenda as reivindicações apresentadas pelos docentes. A possibilidade de greve não está descartada.

Segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), logo após os dois dias de paralisação será decidido se a categoria deflagra greve.

O projeto com a proposta do Governo, com a adequação do salário de 4 mil professores ao piso nacional, passa pela primeira discussão no Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) também nesta terça, com a presença de professores fazendo protestos em frente à Casa. A proposta, que passou na Comissão de Educação nessa segunda-feira (30) com voto do governo, fixa o piso em R$ 1.917.

Após o protesto em frente à Alepe, os profesoress devem marchar até o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, onde apresentarão a pauta de reivindicações da categoria. Entre as mais importantes está o reajuste em 13,01% dos salários de toda a categoria, abertura de concurso público (de acordo com o Sintepe, o último concurso foi realizado em 2008) e melhoramento da infraestrutura das unidades de ensino.

Segundo o secretário de Administração do Estado, Milton Coelho, o reajuste de 13,01% que os professores solicitam para a toda a categoria não pode ser concedido porque o Governo do Estado ultrapassou o limite prudencial de gastos com pessoal.

“Nesse momento o Governo não pode assumir um compromisso, pois ele vai além de sua capacidade fiscal, não só pela crise econômica, mas, principalmente, pelo comprometimento das despesas de pessoal que já ultrapassam 46% da receita corrente líquida, o que poderá trazer graves consequências para Pernambuco”, disse o secretário.

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