Justiça

JFPE conclui audiência de instrução do caso Thiago Farias Soares

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 27/03/2015 às 20:33
Leitura:

O promotor foi assassinado em outubro de 2013 / Foto: Reprodução

O promotor foi assassinado em outubro de 2013 Foto: Reprodução

A Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) concluiu nesta sexta-feira (27) a audiência de instrução relativa ao caso do promotor de Justiça de Itaíba, Thiago Farias Soares, assassinado no dia 14 de outubro de 2013.

Durante quatro dias, a JFPE ouviu 34 testemunhas, sendo 16 de acusação e 18 de defesa. Além disso, duas vítimas ainda foram ouvidas: a advogada Mysheva Martins Ferrão, noiva de Thiago na época do crime, e o tio dela, Adautivo Elias Martins.

Nesta sexta foram interrogados quatro acusados pelo crime doloso: Adeildo Ferreira dos Santos, José Maria Domingos Cavalcante, José Marisvaldo Vitor da Silva e José Maria Pedro Rosendo Barbosa.

Antônio Cavalcante Filho, quinto acusado no processo, não foi interrogado por não ter sido localizado. O processo foi desmembrado no que diz respeito a ele.

Nesta segunda-feira (30) tem início o prazo de dois dias para que o Ministério Público Federal (MPF) e a Defesa apresentem suas alegações finais.

Depois desse prazo, o Juízo da 36ª Vara terá dez dias para decidir sobre a pronúncia do denunciados. Caso decida pela pronúncia, eles irão à júri popular.

RELEMBRE O CASO -  O promotor Thiago Faria foi morto em 14 de outubro de 2013, com quatro tiros de espingarda calibre 12, enquanto seguia de carro para Itaíba, cidade no Agreste de Pernambuco, pela rodovia PE-300. Faria estava acompanhado da noiva, Mysheva Freire Ferrão e de um tio dela, quando outro veículo se aproximou e efetuou os disparos. Os outros passageiros conseguiram escapar.

O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo é suspeito de ser mandante do crime, e não estaria no momento da execução. O segundo preso, o "Passarinho", foi detido na cidade de Senhor do Bonfim, na Bahia. Ele era funcionário do fazendeiro e teria participado do crime. Segundo Marcello Diniz Soares, ainda não é possível revelar o papel de cada um no crime, pois as investigações correm em segredo de Justiça.

O Supremo Tribunal Federal (STF) acatou, em agosto, o pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para federalizar a investigação. A hipótese principal da PF é que a motivação do crime foi a disputa por terras, mas não descarta as hipóteses de vingança e ciúmes. A PF acredita que o caso está próximo de ser solucionado, mas ainda deve efetuar mais prisões.

Mais lidas