Caso Itaíba

JFPE escutou 11 testemunhas sobre o caso do promotor Thiago Farias Soares

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 25/03/2015 às 21:36
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O promotor foi assassinado em outubro de 2013 / Foto: Reprodução

O promotor foi assassinado em outubro de 2013 Foto: Reprodução

A 36ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) realizou nesta quarta-feira (25) a ouvida de mais onze testemunhas sobre o caso do promotor de Justiça Thiago Farias Soares, assassinado na cidade de Itaíba, em 2013.

Duas das testemunhas foram ouvidas presencialmente na sede da JFPE, localizada no bairro do Jiquiá, na Zona Oeste do Recife: Claudia Tenório Freire Melo e o delegado da Polícia Federal, responsável pela produção do inquérito policial que resultou na ação penal, Alexandre Luiz Rollo Alves.

As demais testemunhas realizaram depoimento através de videoconferência: Lourival Freire Ferrão Filho e Alberto Guilherme Barbosa na subseção de Garanhuns; Marlos Henrique Camilo na Justiça Federal em Alagoas (JFAL); e Claudiano Ferreira Martins, Otaviano Ferreira Martins, Ana Lúcia Pereira, Alexandre Leite Silva, Salviano dos Santos Paes e Reginaldo de Araújo Feitosa Júnior na subseção de Arcoverde.

Nesta quinta-feira (26), será a vez das ouvidas das testemunha de defesa. os trabalhos começam a partir das 9h, na sala de audiência da 36ª Vara da JFPE.

CRIME - O promotor Thiago Faria foi morto em 14 de outubro de 2013, com quatro tiros de espingarda calibre 12, enquanto seguia de carro para Itaíba, cidade no Agreste de Pernambuco, pela rodovia PE-300. Faria estava acompanhado da noiva, Mysheva Freire Ferrão e de um tio dela, quando outro veículo se aproximou e efetuou os disparos. Os outros passageiros conseguiram escapar.

O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo é suspeito de ser mandante do crime, e não estaria no momento da execução. O segundo preso, o "Passarinho", foi detido na cidade de Senhor do Bonfim, na Bahia. Ele era funcionário do fazendeiro e teria participado do crime. Segundo Marcello Diniz Soares, ainda não é possível revelar o papel de cada um no crime, pois as investigações correm em segredo de Justiça.

O Supremo Tribunal Federal (STF) acatou, em agosto, o pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para federalizar a investigação. A hipótese principal da PF é que a motivação do crime foi a disputa por terras, mas não descarta as hipóteses de vingança e ciúmes. A PF acredita que o caso está próximo de ser solucionado, mas ainda deve efetuar mais prisões.

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