Parentes dos presos se aglomeram do lado de fora do presídio em busca de notícias Foto: Guga Matos/JC Imagem
A maior parte dos que se aglomeravam no local era formada por mulheres, entre mães, esposas e irmãs de presos. Sempre que uma ambulância aparecia, era cercada por pessoas que buscavam notícias dos parentes, sem resposta. Uma mulher afirmou que os policiais agiram de forma truculenta para afastar a multidão dos veículos, chegando à agressão física.
Mulher chegou a desmaiar durante tumulto Foto: Guga Matos/JC Imagem
- Batalhão de Choque é acionado para conter tumulto no Complexo Prisional do Curado
- Sargento da PM é morto durante tumulto no Complexo do Curado
- Sindicato dos agentes penitenciários aponta “apagão” no sistema prisional
- Rebelião termina com 2 mortos e 29 feridos no Complexo Prisional do Curado
Uma das mulheres disse que o marido foi condenado a 2 anos e 4 meses de reclusão por assalto. Tendo cumprido 1 ano e 5 meses da pena, não consegue ter acesso à progressão para o regime semiaberto por causa da burocracia jurídica. Outra, que tem o marido preso por tentativa de homicídio na unidade prisional Marcelo Francisco de Araújo, também denuncia que a burocracia impede a progressão de regime do seu companheiro.
O motivo da rebelião dos detentos das três unidades prisionais do complexo é exatamente uma maior celeridade no julgamento dos processos.
Depois do anúncio do fim da rebelião por parte da Secretaria de Ressocialização do Estado, alguns familiares disseram ter visto ainda detentos nus sendo espancados por policiais. Por volta das 22h, disseram ter visto presos ateando fogo no local. A Seres, no entanto, nega a informação.