Apreensão

Receita Federal desmonta esquema de importação ilegal em Suape

Renata Dorta
Renata Dorta
Publicado em 07/11/2014 às 15:27
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Carga está avaliada em R$ 3 milhões. / Foto: Divulgação/ Receita Federal

Carga está avaliada em R$ 3 milhões. Foto: Divulgação/ Receita Federal

A Receita Federal de Suape, em Ipojuca, apreendeu nessa quinta-feira (6) uma grande carga de componentes de informática que entrariam ilegalmente no País. A carga, avaliada em R$ 3 milhões, era compostas de 6.280 placas de memória e 2.480 discos rígidos ocultos dentro de gabinetes de equipamentos eletrônicos.

A comprovação de irregularidade foi feita após a carga, declarada como sendo composta de 248 no-breaks e 4.500 teclados, passou por um aparelho de raio-X. A Receita descobriu que os no-breaks só tinha o gabinete e seu interior estavam repletas dos componentes.

O Porto de Salvador cooperou na apreensão ao alertar, nessa segunda-feira (3), sobre uma carga da mesma empresa que havia acabado de chegar e apresentava irregularidade: gabinetes estavam lacrados com rebites em vez de parafusos. Ao abri-los, encontraram 2.100 unidades de pentes de memória de computador.

Componente estava escondidos dentro de nobreaks e gabinetes de computador.

Componente estava escondidos dentro de nobreaks e gabinetes de computador. Foto: Divulgação/ Receita Federal

Chamou a atenção o fato dos no-breaks importados pelo Porto de Suape estarem lacrados com rebites, da mesma forma que os de Salvador, indicando tentativa de fraudar a fiscalização, pois a abertura deste tipo de equipamento danificaria sua estrutura.

Por não ter sido emitida uma licença de importação necessária e detectado que os bens fiscalizados não condiziam com as características apresentadas no documento de importação, as mercadorias estão em situação de abandono. O importador tentou devolver as mercadorias ao exterior, por via administrativa e por meio de ação judicial.

De acordo com a Receita Federal, durante as vistorias os representantes do importador apresentaram comportamento atípico, contactavam frequentemente a equipe de mercadorias apreendidas para obter notícias sobre a inclusão dos equipamentos em Leilão, denotando evidente interesse em interpor pessoa para arrematar os equipamentos. A carga foi encaminhada à representação fiscal para fins penais junto ao Ministério Público Federal.

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