Fazendeiro

Principal suspeito de planejar morte de promotor vai se apresentar à polícia

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 28/10/2014 às 8:40
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Promotor de Itaíba Thiago Faria Soares, 36 anos, foi morto no dia 14 de outubro de 2013 / Foto: Reprodução

Promotor de Itaíba Thiago Faria Soares, 36 anos, foi morto no dia 14 de outubro de 2013 Foto: Reprodução

O principal suspeito de planejar a morte do promotor de Itaíba Thiago Faria Soares, 36 anos, no dia 14 de outubro de 2013, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa deve se apresentar à polícia nesta terça-feira (28). A informação é de seu advogado, Anderson Flexa: "Ele tem a certeza de que, com a entrada da Polícia Federal no caso, outras linhas de investigação serão consideradas". Segundo Flexa, esta foi uma iniciativa do próprio José Maria.

Mais de um ano após o crime, ninguém foi preso. A hipótese principal da investigação da Polícia Civil é de que o fazendeiro tenha se vingado de Thiago por ter perdido uma disputa judicial por terras. A noiva do promotor, a advogada Mysheva Martins, foi quem arrematou em leilão 25 hectares da Fazenda Nova, em outubro de 2012, onde José Maria ainda morava sem ser dono da propriedade. Em junho de 2013, foi dada pela Justiça a imissão de posse, e ele teria atribuíbo sua expulsão da área ao promotor.

Thiago foi morto com quatro tiros de espingarda calibre 12, no rosto e no pescoço, enquanto dirigia um Hyundai modelo Vera Cruz pela PE-300, que liga Águas Belas, onde ele morava, a Itaíba, no Agreste pernambucano. Ele estava acompanhado da noiva e um tio dela, que não ficaram feridos. Antes do crime, o promotor teria formalizado no MPPE uma denúncia de que estaria sendo ameaçado pelo fazendeiro.

Outra suspeita é a de que um primo e um ex-noivo de Mysheva poderiam ter cometido o crime. Genival Martins dos Santos, por vingança, e Glécio Oliveira Júnior, por ciúmes. O primeiro foi condenado num tribunal do júri por crime contra a vida, com uma atuação contundente do promotor. Para os membros do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Glécio Júnior também poderia ter encomendado a morte de Thiago Faria, irritado com a aproximação do casamento da vítima com a advogada.

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