Jaboatão

Acusado pela morte de Artur Eugênio se apresenta à polícia

Amanda Miranda
Amanda Miranda
Publicado em 31/07/2014 às 21:28
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Artur Eugênio foi morto em maio / Foto: reprodução

Artur Eugênio foi morto em maio Foto: reprodução

Acusado de participar do assassinato do médico Artur Eugenio, em maio deste ano, o comerciante Jailson Duarte Cesar, 29 anos, se entregou à polícia na noite desta quinta-feira (31) em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Jailson nega a participação no crime, porém a prisão preventiva dele e dos outros indiciados foi decretada mais cedo.

Para a polícia, foi o comerciante que apresentou o filho do médico Cláudio Amaro, apontado como mandante, aos acusados pela execução. A motivação do assassinato seriam desavenças profissionais entre os médicos. Testemunhas afirmaram ao delegado Guilherme Caraciolo que havia a possibilidade de a vítima entrar com uma ação na Justiça denunciando irregularidades descobertas no hospital, supostamente cometidas pelo acusado de ser mandante do crime.

À tarde, em coletiva de imprensa, Jailson confirmou ter apresentado os homens, porém negou ter conhecimento sobre o crime. "Eu tenho minha consciência limpa. Eu não só levei o Lyferson (outro acusado), como levei vários clientes porque ele tinha conhecimento em agências, em financiamento", disse à Rádio Jornal. O comerciante já havia ficado preso por três anos e seis meses anteriormente, pela Operação Guararapes I. Sobre o fato anterior, disse: "Eu acho que conhecer não é crime." Jailson frisou que colabora com a Justiça.

Também em entrevista à Rádio Jornal, o advogado dele, Elysio Pontes, explicou que, com o mandado de prisão preventiva, ele deve ficar preso pelo menos até a próxima segunda-feira (4), quando entrará com o pedido de habeas corpus. No entanto, também eximiu o cliente da culpa.

Antes da decisão judicial desta tarde, embora já tivesse sido indiciado, Jailson não era considerado foragido. Ele e os outros quatro foram acusados por sequestro, homicídio, roubo, associação criminosa, estelionato e comunicação falsa de crime com o fim do inquérito policial, apresentado essa semana.

Com a sua apresentação de Jailson à polícia, apenas um dos acusados pela morte de Artur Eugênio continua foragido. É o auxiliar de expedição Flávio Braz de Souza, 32, proprietário da arma 9 mm que efetuou os disparos, que já estava sendo procurado por participar do assalto ao Shopping Guararapes, ocorrido em junho deste ano, que deixou mais de cinco feridos e uma idosa morta. 

Cláudio Amaro, considerado mandante do crime; o seu filho, o advogado Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32; e o motorista Lyferson Barbosa da Silva, 26, já estavam em prisão temporária, uma modalidade decretada durante as investigações, para evitar que os suspeitos interfiram no andamento da apuração.  

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