Assembleia

Professores da rede estadual de Pernambuco decretam estado de greve

Inês Calado
Inês Calado
Publicado em 13/03/2015 às 11:32
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Depois da assembleia, os professores saíram em protesto pelo Centro do Recife / Foto: Mariana Dantas/NE10

Depois da assembleia, os professores saíram em protesto pelo Centro do Recife Foto: Mariana Dantas/NE10

Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (13), os professores da rede estadual de ensino de Pernambuco decretaram estado de greve. Uma nova reunião para definir se a paralisação será mesmo realizada foi marcada para o próximo dia 23. O Estado tem 1.049 escolas e 650 mil alunos. 

Os professores reivindicam ao Governo do Estado que o aumento do piso salarial chegue a outros profissionais. O governador Paulo Câmara (PSB) enviou para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) o Projeto de Lei que reajusta o menor pagamento dos trabalhadores, com efeito retroativo a partir do mês de janeiro deste ano. Com o PL, o reajuste beneficiará 4,6 mil dos aproximadamente 25 mil professores.

O aumento no piso foi 13,01%. Assim, o valor do piso salarial profissional do magistério, com jornada laboral mensal de 200 horas/aula, será de R$ 1.917,78. Para não ficar abaixo do piso, o grupo 1A da categoria, uma minoria, receberá aumento de 0,87%.

"Tem que respeitar a grade de vencimento do plano de cargos e carreira e o aumento do piso", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe). A entidade tem reunião marcada com o secretario de Administração, Milton Coelho, no dia 18, para abrir a rodada de negociação de 2015 para o salário da categoria.  

 



PROTESTO - O sindicato calcula que cerca de 1.500 profissionais participaram da assembleia esta manhã. Após a reunião a maioria deles saiu em protesto pela Avenida Conde da Boa Vista, na área central, em direção ao Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, um percurso de aproximadamente 1,5 km. Na Boa Vista, encontrou a mobilização encabeçada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a qual o Sintepe é ligado, que havia saído do Parque 13 de Maio com milhares de integrantes de centrais sindicais, de movimentos sociais e da militância do PT.

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