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Com problema no orçamento, Dilma adia início das aulas do Pronatec

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 04/03/2015 às 9:56
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O Ministério da Educação informou que a previsão para o início das aulas passaria do dia 7 de maio para 17 de junho / Foto: reprodução

O Ministério da Educação informou que a previsão para o início das aulas passaria do dia 7 de maio para 17 de junho Foto: reprodução

Depois de atrasar pagamentos de mensalidades, o governo federal decidiu adiar em mais de um mês o início das aulas de novas turmas do Pronatec -programa que oferece cursos técnicos gratuitos, custeados pela União.

Na terça-feira (3), o Ministério da Educação informou que a previsão para o início das aulas passaria do dia 7 de maio para 17 de junho. Ainda na terça, as instituições de ensino saberiam quantas vagas teriam a oferecer no Pronatec. O anúncio foi postergado para 13 de abril.

Para a Abmes (associação que representa instituições privadas de ensino), o adiamento das aulas indica que haverá redução de vagas oferecidas neste ano no Pronatec -uma das principais bandeiras eleitorais da presidente Dilma Rousseff (PT).

Tradicionalmente, são abertas duas turmas por ano no programa. "Se as aulas do primeiro semestre começarão em junho, é improvável que haja uma segunda chamada", disse o diretor executivo da entidade, Sólon Caldas.

Segundo o setor, em cada semestre cerca de 200 mil estudantes começam a estudar por meio do Pronatec. Diretores de escola afirmam que membros do governo alegam que tem faltado recursos para o programa.

Em nota, o Ministério da Educação afirmou que "está finalizando a pactuação de vagas com os ofertantes e em breve divulgará mais informações". Disse ainda que aguarda a aprovação no Congresso do Orçamento 2015.

DIFICULDADES - Desde o fim do ano passado, há dificuldades orçamentárias no programa. O governo chegou a atrasar as mensalidades de três meses, que deveriam ser repassadas às instituições privadas que oferecem as vagas.

Após a Folha de S.Paulo divulgar o problema, o Ministério da Educação afirmou que havia quitado a dívida. O pagamento, porém, se referia apenas a uma das parcelas atrasadas. Segundo representantes de escolas, a previsão agora é que os pagamentos sejam quitados apenas em abril.

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