Tributos

Skaf se reúne com Meirelles e defende que não haja aumento de impostos

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 27/03/2017 às 20:56
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"Não há dúvida que o momento é inoportuno para o aumento de impostos", afirmou Paulo Skaf / Foto: Agência Brasil

"Não há dúvida que o momento é inoportuno para o aumento de impostos", afirmou Paulo Skaf Foto: Agência Brasil

Em campanha contra o provável aumento de impostos pelo governo para cobrir parte do rombo de R$ 58,2 bilhões no orçamento deste ano, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, esteve reunido durante cerca de três horas no Ministério da Fazenda e pediu ao ministro Henrique Meirelles que a equipe econômica se concentre no corte de gastos e na venda de ativos. Para o executivo, um aumento de tributos nesse momento pode prejudicar a retomada do crescimento econômico em 2017.

"Não há dúvida que o momento é inoportuno para o aumento de impostos. A nossa esperança é de que o bom senso prevaleça para a redução das despesas", afirmou Skaf. "Viemos apresentar subsídios para que o ministro avalie fazer um contingenciamento maior para ganhar tempo, até mesmo porque a economia pode melhorar ao longo do ano com efeito na arrecadação", completou.

Leilão de usinas hidrelétricas como opção

Entre as alternativas, o presidente da Fiesp citou o leilão de usinas hidrelétricas, já elencado por Meirelles como uma fonte de até R$ 10 bilhões em receitas. Outros R$ 8,6 bilhões viriam de precatórios não reclamados pelos beneficiários.

"Achamos que o governo pode arrecadar ainda mais na venda de controles acionários de empresas estatais. Há várias opções para se contornar esses R$ 50 bilhões sem aumento de impostos", concluiu.

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