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Setor público tem superávit primário de R$ 36,7 bi em janeiro

Lucas Vaz Lemos
Lucas Vaz Lemos
Publicado em 24/02/2017 às 11:07
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Janeiro é um mês favorável para a área fiscal, em função do aumento da arrecadação de impostos e contribuições. / Foto: EBC

Janeiro é um mês favorável para a área fiscal, em função do aumento da arrecadação de impostos e contribuições. Foto: EBC

O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou superávit primário de R$ 36,712 bilhões em janeiro, informou nesta sexta-feira (24) o Banco Central. Em dezembro, havia sido registrado déficit de R$ 70,737 bilhões e, em janeiro de 2016, superávit de R$ 27,913 bilhões.

O resultado primário consolidado do mês passado ficou acima do teto das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de superávit de R$ 10 bilhões a R$ 31,4 bilhões (mediana positiva de R$ 27,213 bilhões).

Tradicionalmente, janeiro é um mês favorável para a área fiscal, em função do aumento da arrecadação de impostos e contribuições. Este superávit primário de R$ 36,712 bilhões de janeiro representa o melhor resultado para o mês na série histórica do BC, iniciada em 2002. 

O resultado fiscal do mês passado foi composto por um superávit de R$ 26,293 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 10,804 bilhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 8,909 bilhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 1,895 bilhão. As empresas estatais registraram déficit primário de R$ 384 milhões.

O governo espera um déficit primário consolidado de R$ 143,1 bilhões em 2017. Essa projeção leva em conta um rombo de R$ R$ 139,0 bilhões para o Governo Central no ano. 

 

12 meses

Apesar do resultado positivo no mês passado, as contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 146,991 bilhões em 12 meses até janeiro, o equivalente a 2,33% do Produto Interno Bruto (PIB).

O BC leva em conta, em suas projeções, as previsões do governo para a área fiscal contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de déficit de R$ 143,1 bilhões para 2017.

O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em janeiro pode ser atribuído a um rombo acumulado de R$ 154,079 bilhões do Governo Central (2,44% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 7,493 bilhões (0,12% do PIB) em 12 meses até janeiro. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 9,295 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 1,802 bilhão. As empresas estatais registraram um resultado negativo de R$ 405 milhões no período. 

 

Gasto com juros

O setor público consolidado teve gasto de R$ 36,413 bilhões com juros em janeiro, após esta despesa ter atingido R$ 34,499 bilhões em dezembro. As informações foram divulgadas pelo Banco Central. 

O Governo Central teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 29,019 bilhões. Já os governos regionais registraram gasto de R$ 6,953 bilhões e as empresas estatais, de R$ 440 milhões.

Em 12 meses, as despesas com juros caíram de R$ 407,024 bilhões para R$ 387,219 bilhões até janeiro (6,13% do PIB).

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