Em janeiro do ano passado as receitas federais arrecadadas registravam queda de 6,71% na comparação com o mesmo período de 2015. Foto: Daniel Isaia / Agência Brasil
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Naquele mês, a queda acumulada ficou em 3,46%. Em novembro, que ainda teve um rescaldo dos efeitos da repatriação, a queda ficou em 3,16%. Por fim, a arrecadação encerrou 2016 com queda de 2,97% acumulada em relação a 2015 e de 1,19% no mês de dezembro.
Os patamares refletem a queda real, descontada a inflação do período medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para Malaquias, ainda é cedo para falar em recuperação da arrecadação. "Talvez daqui a um mês possamos dar uma notícia em relação a janeiro, mas é muito cedo para qualquer previsão", declarou.
Desonerações
Segundo Malaquias, este ano a arrecadação federal será impactada pela redução das desonerações. "As desonerações terminaram em 2016 e algumas vão se encerrar ao longo de 2017. Parte das desonerações teve relação com a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A Olimpíada produz efeitos na economia não só no ano em que é realizada", disse.
De acordo com ele, não há estimativa de quanto a arrecadação pode crescer em função dessa redução. "Todo benefício tributário é concedido em um ambiente em que agentes econômicos tomam algumas decisões. Terminado esse período, o agente vai organizar seu negócio de forma que não necessariamente tenha que pagar esses tributos", afirmou Malaquias.