Arquipélago

Empresários de Noronha devem ganhar incentivo para gerar energia solar

Wladmir Paulino*
Wladmir Paulino*
Publicado em 07/12/2016 às 10:03
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Luiz Eduardo Antunes (segundo da direita para a esquerda) diz que o Governo vai incentivar a geração de energia solar. / Foto:

Luiz Eduardo Antunes (segundo da direita para a esquerda) diz que o Governo vai incentivar a geração de energia solar. Foto:

A capacidade de geração de energia solar nas usinas Noronha I e II não pode mais ser ampliada. Por isso, o Governo do Estado vai incentivar que a iniciativa privada passe a usar essa forma, de acordo com o administrador do Arquipélago de Fernando de Noronha, Luiz Eduardo Antunes. Hoje, existem nove unidades, entre pousadas e restaurantes, que já contam com placas fotovoltaicas nos telhados.

Uma das saídas para essa ampliação é contar com linhas de financiamento para adquirir o equipamento necessário. "Não é mais possível ampliar a geração pública de energia solar mas nos equipamentos privados ainda temos como fazer um processo de energia renovavel. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado tem projetos nessa área e recursos disponíveis para empresários interessados em investir em energia solar. O Estado pode ajudar com linhas de financiamento", disse Antunes.

Ele detalhou que até metade do consumo de energia de Noronha fica com as pousadas, aumentando para 70% quando se inclui na conta as residências que se transformaram numa espécia de pousadas informais. "Temos que fazer um mapeamento disso tudo e estimular o uso da energia solar".

O presidente da Celpe, Antônio Carlos Sanches reitera que novas usinas de energia solar necessitam de um espaço físico grande como os já ocupados pelas atuais usinas. Por isso, o estímulo para a geração partir das próprias casas - ou empreendimentos. "O que está acontecendo agora é a geração distribuída. Com essas placas, ela pode gerar energia para ela própria e, se passar do consumo, gerar para a Celpe e isso ser compensado. É uma tendência", pontuou.

O investimento para ter quatro placas instaladas e o inversor - que transforma a energia contínua em alternada - é de R$ 7 mil. "O inversor é necessário porque ele converte a energia contínua, que vem dos módulos, em energia alternada, que é aquela que chega para as nossas tomadas", explicou o gestor de eficiência energética da Celpe, Daniel Sarmento. 

O equipamento usado nas usinas da Celpe em Noronha é fabricado na China. Um módulo tem a capacidade de gerar 37kwh/h por hora. O consumo médio residencial em Fernando de Noronha é de 467kwh por mês.

* O repórter viajou a convite da Celpe

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