Poucas lojas da Rua das Calçadas optaram por grandes estoques de produtos de Natal Fotos: Mariana Dantas/NE10
A dois meses do Natal, ainda são poucas as lojas do Centro do Recife que investiram em produtos de decoração natalina. Na Rua das Calçadas, uma das vias mais frequentadas pelos recifenses quando vão às compras - apenas os estabelecimentos maiores resolveram apostar pesado nas vendas de fim de ano. Os estabelecimentos menores trazem poucas opções de produtos e ainda não contrataram vendedores temporários - pelo menos até agora.
O comportamento dos comerciantes condiz com a estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife, que prevê uma redução para este ano de 30% nas vagas temporárias. Segundo a CDL, sete mil pessoas deverão ser contratadas, a maioria a partir da segunda quinzena de novembro. Já a as vendas devem alcançar os mesmos números de 2015, sem crescimento nem queda, o que já representa uma vitória, segundo a entidade.
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"Não vamos contratar vendedores temporários, mas a nossa equipe está preparada para as vendas. Em relação ao estoque, estamos com a mesma quantidade do ano passado", disse a gerente da loja Start Festas, Lucilene Sobral. Segundo ela, os consumidores já começaram a procurar produtos de decoração de fim de ano e um dos artigos que mais vende no estabelecimento são os balões numéricos de 2017, ao custo de R$ 2,50 cada balão. Também é fácil encontrar nas lojas opções de árvores, bolas e guirlandas.
A gerente de loja Elda Maria espera manter vendas do ano passado
Preços de produtos de Natal estão altos, segundo consumidores
Embora os lojistas afirmem que estão segurando os preços, para os consumidores do Centro do Recife os valores não estão nada atraentes. A auxiliar de cozinha Odete Maria Lima, 62 anos, todos os anos mantém a tradição de ir às compras de Natal acompanhada das filhas Amanda Maria da Silva, 18 anos, e Valdirene Maria da Silva, 37. "O Natal é a festa mais alegre e importante para a nossa família e por isso a gente sempre muda a decoração da casa, ao menos as bolas da árvore. Mas este ano está difícil levar muita coisa, está tudo muito caro", disse Odete.
A microempresária Márcia Salete da Silva, 60, disse que este ano terá que pesquisar bastante antes de comprar. "Até agora não gostei das ofertas e o pior é que os preços geralmente aumentam no início de dezembro. Ou seja, se já está caro agora, a situação ficará mais difícil para quem quiser decorar a casa mais perto do Natal", opinou.