Crise

Com queda no mercado formal, crescem as vagas sem carteira no Brasil

Talita Silva de Oliveira
Talita Silva de Oliveira
Publicado em 29/09/2016 às 7:40
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Tendência é um produto da recessão vivida pelo Brasil há dois anos / Foto: Valdecir Galor/SMCS

Tendência é um produto da recessão vivida pelo Brasil há dois anos Foto: Valdecir Galor/SMCS

Com o aumento na taxa de desemprego no mercado formal, o número de atividades realizadas sem a carteira assinada cresceu no Brasil. É o que aponta o levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). 

Os números mostram que entre o primeiro e segundo trimestre de 2016 foram cortadas 226 mil vagas de emprego formal e 259 mil pessoas deixaram de trabalhar por conta própria. Já no mercado informal, houve um aumento de 668 mil postos no mesmo período.

Essa tendência contribui para o atraso da retomada da economia brasileira, que enfrenta uma recessão desde 2014. O rendimento do trabalho informal é, em média, 40% menor que o com o carteira assinada, o que reduz o poder de compra das famílias, um dos principais motores da economia nacional. Além dos salários mais baixos, os trabalhadores que atuam desta maneira não possuem garantias como seguro-desemprego e férias remuneradas.

Segundo especialistas, esse comportamento deve voltar ao que era antes quando o Brasil se reerguer da crise que enfrenta, já que, segundo eles, a migração para o trabalho informal é um produto da crise que enfrentamos.

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