Economia

Limite de gastos reduzirá crescimento da dívida do país, diz diretor do BC

Emilayne Mayara dos Santos
Emilayne Mayara dos Santos
Publicado em 27/06/2016 às 10:52
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Para o BC, a dívida bruta subiria de 66,5% do Produto Interno Bruto (PIB), registrados em 2015, para 78,5% em 2020 / Foto: Agência Brasil

Para o BC, a dívida bruta subiria de 66,5% do Produto Interno Bruto (PIB), registrados em 2015, para 78,5% em 2020 Foto: Agência Brasil

O diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central do Brasil, Tony Volpon, defendeu nesta segunda-feira (27), em reunião com investidores em Nova York, a proposta do governo de criar regras de limite de gastos.

De acordo com apresentação divulgada pelo BC, o crescimento da dívida do país será menor com as medidas de controle de gastos. Na simulação feita pelo diretor, a dívida bruta (contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) subiria de 66,5% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país –, registrados em 2015, para 78,5% em 2020. Se forem mantidas as regras fiscais atuais, a dívida bruta chegará a 86,5% do PIB em 2020.

No último dia 15, o governo apresentou a parlamentares uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita o aumento do gasto público à variação da inflação. A proposta é que a fixação do teto para os gastos tenha validade por 20 anos, a partir de 2017. Pela medida, os gastos públicos totais serão reajustados com base na inflação oficial do ano anterior.

Segundo a proposta, no primeiro ano de vigência, o limite dos gastos totais equivalerá à despesa paga no ano anterior corrigida pela inflação daquele ano.

Para fazer a simulação, Volpon também considerou a proposta do governo de devolver R$ 100 bilhões de ativos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional.

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