Fábrica de clones está sendo construída no Tianjin Economic and Technological Development Area (TEDA) Foto: reprodução
Cientistas chineses anunciaram nessa terça-feira (24) que irão construir uma fábrica de clones na cidade portuária de Tianjin, no norte do país. O centro deve clonar animais como cães farejadores e de estimação, gado bovino e cavalos de corrida. O empreendimento é patrocinado pelo governo, em um parque de desenvolvimento de negócios (Tianjin Economic and Technological Development Area - TEDA).
O edifício principal já está em construção e a previsão de início de funcionamento é na primeira metade de 2016. O investimento é de 200 milhões de yuans (US$ 31 milhões), e será feito pela Sinica, uma subsidiária do Grupo Boyalife, em parceria com o Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Pequim, a Junta Acadêmica Internacional de Biomedicina e a Fundação de Pesquisas Sooam Biotech, da Coreia.
Inicialmente, a fábrica vai produzir 100 mil embriões de gado bovino, o que eventualmente deve aumentar para 1 milhão, de acordo com Xu Xiaochun, presidente do conselho do Grupo Boyalife. "Os agricultores chineses estão se esforçando para produzir gado suficientes para atender a demanda do mercado", disse Xu. Também é previsto para o centro - o maior deste tipo em todo o mundo - um depósito de genes e um museu.
Cientistas já clonaram ratos, gado e outros animais desde a primeira ovelha clonada do mundo, Dolly, que nasceu em 5 de julho de 1996, na Grã-Bretanha. Desde 2000, foram clonadas ovelhas, gado e porcos.
A primeira companhia comercial chinesa de clones se estabeleceu em setembro de 2014, na província oriental de Shandong, com o nascimento de três filhotes de cachorro da raça mastim tibetano. A firma é uma joint venture entre Boyalife e Sooam Biotech.
Antes disso, a clonagem na China havia sido limitada a investigação científica. Diversas companhias mostraram interesse em investir na tecnologia para o uso comercial, especialmente criação de animais.