Paralisação

Bancários deflagram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 01/10/2015 às 21:15
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A categoria rejeitou a proposta de 5,5% e do abono salarial de R$ 2,5 mil ofertada pela Febraban / Foto: Arquivo/Agência Brasil

A categoria rejeitou a proposta de 5,5% e do abono salarial de R$ 2,5 mil ofertada pela Febraban Foto: Arquivo/Agência Brasil

Os bancários de Pernambuco pretendem cruzar os braços por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (6). A categoria rejeitou a proposta de 5,5% e do abono salarial de R$ 2,5 mil ofertada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em assembleia nesta quinta (1º).

Na tarde da próxima segunda-feira (5), a categoria deve voltar a se reunir para ajustar os detalhes de como vai ocorrer a paralisação dos dias seguintes. "Se a Febraban cobrir a proposta, iremos entrar novamente em discussão", acredita a presidente do sindicato, Suzineide Rodrigues.

Entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial de 16%, valorização do piso salarial, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e proteção ao emprego, vales-alimentação e refeição maiores.

De acordo com Suzineide, todas as agências devem ser fechadas, no entanto, ela garante que os caixas eletrônicos e o atendimento aos idosos devem funcionar normalmente, apesar da paralisação.

Atualmente, o piso salarial dos bancários é de R$ 1.796,45 para os funcionários dos bancos privados, enquanto que o das agências públicas, o valor pode passar dos R$ 2 mil. Ao todo, mais de dez mil bancários devem aderir à greve em todo Estado.

A última paralisação ocorreu no ano passado, quando as agências passaram dez dias sem funcionar.

BRASIL - Os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram também nesta quinta (1º) em assembleia, rejeitar a proposta apresentada pela Febraban e aprovaram o início de greve por indeterminado na terça-feira (6). Segundo nota distribuída pelo sindicato, os bancos ofereceram reajuste salarial de 5,5%. A categoria pede correção de 16%, sendo 5,6% de aumento real e reposição de inflação de 9,88% medida pelo INPC, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82 e piso equivalente ao salário mínimo proposto pelo Dieese (R$ 3.299,66).

"Também reivindicamos fim das demissões nos bancos para melhorar as condições de trabalho da categoria e melhorar o atendimento para a população", disse em nota Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. Outras assembleias foram realizadas pelo País para decidir a paralisação.

No encontro realizado em São Paulo, com cerca de 1,5 mil trabalhadores, a proposta dos bancos foi rejeitada por unanimidade. Na segunda-feira, 5, os bancários voltam a se reunir em assembleia para organizar a greve.

Confira a lista de outros Estados que decidiram aderir à greve:

Acre (AC)

Alagoas (AL)

Amapá (AP)

Bahia (BA)

Ceará (CE)

Maranhão (MA)

Mato Grosso (MT)

Pará (PA)

Pernambuco (PE)

Piauí (PI)

Rio Grande do Norte (RN)

Rondônia (RO)

Roraima (RO)

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