Energia

Aumento nas bandeiras tarifárias para energia será menor que 50%, diz ministro

Renata Dorta
Renata Dorta
Publicado em 05/02/2015 às 15:00
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Ministro durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, nessa quarta / Foto: Elza Fiúza/ Agência BRasil

Ministro durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, nessa quarta Foto: Elza Fiúza/ Agência BRasil

O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) disse nesta quinta-feira (5) que acredita em um reajuste inferior a 50% para as bandeiras tarifárias. O sistema, vigente desde janeiro, faz com que o consumidor pague mensalmente acréscimos em sua conta de luz caso o uso das usinas térmicas esteja sendo feito em larga escala no país, já que elas custam mais caro. Os preços adicionais estabelecidos são de R$ 3 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, para a bandeira vermelha, e de R$ 1,50 a cada 100 kWh, para a bandeira amarela.

Por decisão do governo e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) o sistema agora será modificado, para que também considere gastos extras da energia vinda de Itaipu, dos contratos adicionais de energia para as distribuidoras e o risco hidrológico (diferença entre quantidade de energia prevista e a de fato entregue pelas usinas).

Com todos os novos custos, o preço fixado para as bandeiras deve subir até março, segundo previsões da agência reguladora. "O reajuste da bandeira, acredito, será menor que 50%, mas isso é papel da Aneel, não quero fazer especulação sobre números", disse Braga. Ainda que traga aumentos imediatos para o consumidor, o ministro defende a mudança e diz que, por meio dela, será possível ter "uma dinâmica melhor na questão tarifária".

Braga considera que o modelo trará "transparência absoluta" sobre a situação energética do país e que, apesar de elevar a conta de luz durante determinados meses, a bandeira também poderá ser verde (sem acréscimos para o consumidor) caso o clima apresente melhora. "Nós estamos fazendo uma reestruturação do setor elétrico desde que chegamos aqui. Essa reestruturação passa por uma revisão tarifária", complementou o ministro.

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