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Taxa de desemprego fica em 4,9% em setembro deste ano

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 23/10/2014 às 10:03
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 / Foto: USP Imagens

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A taxa de desemprego, medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), atingiu 4,9% em setembro deste ano, a menor para o mês desde o início da série histórica iniciada em 2002.

Houve queda de 0,5 ponto percentual em relação à taxa observada em setembro do ano passado (5,4%). A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi realizada em seis regiões metropolitanas do país.

O índice também é numericamente inferior ao registrado em agosto deste ano (5%). Apesar disso, o IBGE não considera a variação estatisticamente significativa. Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto, afirmou que a taxa de desemprego vem recuando porque menos pessoas estão procurando trabalho. "Ao logo desse ano de 2014, nessas comparações anuais [mês contra mesmo mês do ano anterior], mostram que tem redução de procura (por emprego) e aumento da inatividade. Essa redução da procura, de fato, acaba interferindo na taxa [de desemprego]. A taxa cai porque menos pessoas estão procurando trabalho", explicou Adriana.

O IBGE afirma que o desalento, grupo formado por pessoas que desistiram de procurar emprego por não terem encontrado, está até diminuindo. O número de inativos tem aumentado por causa da fatia da população que não procura emprego porque não quer mesmo trabalhar. 

O contingente de desempregados ficou em 1,2 milhão de pessoas em setembro deste ano, significando estabilidade em relação a agosto deste ano e queda de 10,9% na comparação com setembro do ano passado.

Já a população ocupada ficou em 23,1 milhões de pessoas, o que significa que, apesar da queda da taxa de desemprego, não houve geração de postos de trabalho tanto na comparação com agosto deste ano quanto em relação a setembro do ano passado. "O mercado também não vem criando vagas de forma significativa. A gente vem nesse ano de 2014 com uma população ocupada praticamente parada, praticamente estável. Ou seja, estatisticamente falando, a população ocupada não vem se movimentando", afirmou a técnica do IBGE.

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