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Primeiro dia de greve dos bancários tem adesão de 55% em Pernambuco

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 30/09/2014 às 14:30
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Bancos só estão funcionando para o autoatendimento / Foto: Ana Maria Miranda/NE10

Bancos só estão funcionando para o autoatendimento Foto: Ana Maria Miranda/NE10

A greve nacional do Sindicato dos Bancários, iniciada nesta terça-feira (30), teve adesão de 55% em Pernambuco. De acordo com a categoria, a mobilização se concentra no Centro do Recife e na região metropolitana. Na paralisação - por tempo indeterminado - estão inclusos os bancos públicos e privados. Os clientes não podem entrar nas agências, que oferecem serviços como saques em alto valor, débito de cheques, entre outros. Apenas o autoatendimento dos caixas eletrônicos está funcionando, que inclui saques, pagamentos por meio de boleto com código de barras, transferências, entre outros.

Élvia Acioly não pôde resolver o que precisava por causa da greve

Élvia Acioly não pôde resolver o que precisava por causa da greveFoto: Ana Maria Miranda/NE10

A paralisação confundiu alguns clientes desavisados, que não sabiam se poderiam resolver seus problemas. A funcionária pública Élvia Acioly, 57 anos, sabia da greve mas arriscou e foi até a Caixa Econômica Federal (CEF), na Praça da República, área central da cidade, onde tiraria uma certificação digital: "Eu tinha marcado com um funcionário, mas agora fui informada de que não vou poder entrar". Lá, apenas seguranças informavam à população sobre a greve.

No Banco Itaú da Avenida Dantas Barreto, bairro de Santo Antônio, um dos diretores do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Armando Péricles, orientava a população: "Aqui estamos com uma funcionária trabalhando no autoatendimento, ajudando os clientes".

O aposentado José Damião, 71, foi ao banco receber o INSS e concorda parcialmente com a atitude da categoria. "Se há a pauta, é porque existe a necessidade de ser resolvida. O que precisa é agilidade e organização no sindicato, senão não dá em nada e os patrões acabam ganhando", afirmou.

De plantão no Banco Bradesco da Rua do Imperador, no mesmo bairro, o diretor Ronaldo Cordeiro explicou a atuação do sindicato neste período: "Estamos fazendo o máximo para que a população não seja penalizada". No local, mais de 10 funcionários auxiliam a população no espaço de autoatendimento. O sindicalista aproveitou para enfatizar que uma mudança no setor alteraria a forma de atendimento aos clientes: "Aqui, diversas máquinas estão quebradas. Mesmo sem a greve, os clientes estão sendo prejudicados".

Carro de som foi colocado em frente à agência do BB da Av. Rio Branco

Carro de som foi colocado em frente à agência do BB da Av. Rio BrancoFoto: Ana Maria Miranda/NE10

O porteiro Audemir Inácio, 32, precisava pagar uma conta e buscava informações nos bancos do Centro: "Está um sacrifício, não tem funcionário para informar como devo fazer. Não estava sabendo da greve e o boleto já está em cima do vencimento".

Um dos maiores bancos do Centro, o Banco do Brasil da Avenida Rio Branco, no Bairro do Recife, foi palco de um ato público do sindicato. Com a ajuda de um carro de som, eles faziam panfletagem em frente à agência. Alguns dos bancários estavam sentados na escadaria do prédio observando a movimentação.

REIVINDICAÇÕES - Os bancários pedem reajuste de 12,5%, com ganho real de 5,8%, além das causas específicas como condições de trabalho, a contratação de mais funcionários, o fim do assédio moral e das metas abusivas. Uma nova assembleia será realizada nesta terça, às 18h, na sede do sindicato, na Avenida Manoel Borba, no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

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Serviços da agência da Caixa Econômica Federal da Praça da República estão suspensos - Ana Maria Miranda/NE10
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Banco Santander da Rua do Imperador também aderiu - Ana Maria Miranda/NE10
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Sindicato realizou ato em frente à agência do Banco do Brasil da Avenida Rio Branco - Ana Maria Miranda/NE10
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Carro de som chamou a atenção dos clientes em frente à agência do Banco do Brasil da Avenida Rio Branco - Ana Maria Miranda/NE10
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Sindicalistas estavam nas agências para orientar a população e promover a greve - Ana Maria Miranda/NE10
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Mesmo com greve, carro-forte abastece agência do banco Bradesco da Rua do Imperador - Ana Maria Miranda/NE10

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