Foram 1.649.008 notificações, com 863 mortes - em 2013, haviam sido 1.452.489 registros e 674 óbitos Foto: Reprodução
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Para o coordenador do Programa Nacional do Controle da Dengue, Giovanini Coelho, esse aumento deixa clara a necessidade de se combater o vetor da doença, o Aedes aegypti. "A tendência de aumento começa a se dar nesta época do ano. O importante é trabalharmos agora para tentar reduzir esse ritmo", observou.
Coelho atribuiu o número recorde de mortes provocadas pela dengue a dois fatores: a doença ter ocorrido sobretudo no Estado de São Paulo, provocando, em um primeiro momento, uma sobrecarga no atendimento dos serviços de saúde. Associado a isso, está o fato de a doença ter atingindo todas as faixas etárias, incluindo pessoas com mais de 60 anos. "Esse grupo é mais suscetível. Muitos pacientes já apresentam outras doenças, como diabetes e hipertensão. A dengue pode ajudar a descompensar problemas já existentes."
Há ainda uma outra hipótese, que, de acordo com Coelho, exige uma investigação mais aprofundada. Ele recorda que, em 2010, ano em que houve também um expressivo número de óbitos, o sorotipo de vírus de dengue com maior circulação era o 1. Ano passado, esse subtipo também foi predominante. "Há uma possibilidade de que esse subtipo acarrete um comprometimento mais sério em pessoas de faixas etárias mais elevadas", completou.