Temperaturas incomuns

Quantidade de gelo nos polos tem queda recorde em janeiro

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 16/02/2017 às 19:56 | Atualizado em 17/08/2020 às 11:29
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Apesar da redução do gelo polar, houve uma ampla variedade pluviométrica no planeta em janeiro / Foto: Reprodução

Apesar da redução do gelo polar, houve uma ampla variedade pluviométrica no planeta em janeiro Foto: Reprodução

Janeiro registrou um novo declínio recorde na quantidade de gelo nos polos da Terra, enquanto as temperaturas desse mês também foram consideradas as terceiras mais altas da era moderna, informou o governo americano nesta quinta-feira (16). Analistas da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) determinaram que em janeiro a temperatura da Terra foi 0,88 grau superior ao esperado para a média do século XX, de acordo com o documento.

"É a maior temperatura registrada para um mês de janeiro" desde 1880, com exceção dos anos 2016 e 2007, quando ocorreram a mais alta e a segunda mais alta temperatura respectivamente.

Essas temperaturas incomuns contribuíram para o derretimento de gelo no Ártico, onde a média na quantidade de gelo foi de 1,26 milhão de Km2, ou seja, 8,6% a menos que a média registrada entre 1981 e 2010.

"Trata-se da menor superfície existente nos polos em janeiro desde que começaram os registros em 1979: 258.998,81 km2 a menos que o recorde anterior registrado em 2016", ressaltou o informe.

Extensão de gelo na Antártida

Na Antártida, a extensão de gelo em janeiro foi de 1,1 milhões de km2, 22,8% a menos que a média registrada entre 1981 e 2010.

"Essa foi a menor extensão de gelo na Antártida em janeiro desde que a pesquisa começou em 1979, e aproximadamente 284.898 km2 menor que o recorde de 2006", acrescentou.

Apesar da redução do nível do gelo polar, houve uma ampla variedade pluviométrica no planeta em janeiro.

A neve, por sua vez, tem sido mais intensa no hemisfério norte, com 2.305.089 Km2 a mais que a média documentada entre os anos 1981–2010.

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