Fenômeno

Lua cheia com eclipse penumbral vira atração no Recife

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 10/02/2017 às 20:28
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O eclipse lunar penumbral aqueceu os corações apaixonados do recifense na noite desta sexta-feira / Foto: Rafael Paranhos/ NE10

O eclipse lunar penumbral aqueceu os corações apaixonados do recifense na noite desta sexta-feira Foto: Rafael Paranhos/ NE10

 

A noite desta sexta-feira (10) foi de espetáculo no céu. Mesmo com o tempo nublado, o eclipse lunar penumbral encheu a vista de quem olhou para o céu em Pernambuco. O fenômeno, acompanhado da lua cheia, encantou também os visitantes e impulsionou os corações apaixonados. O evento astronômico também foi presenciado de outro acontecimento: a passagem do cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdusakova.

O satélite natural da Terra passa pela sombra mais clara projetada por nosso planeta no espaço, chamada de penumbral. Por isso, a lua está com o brilho menos intenso do que o normal. O auge vai acontecer às 21h44. Desta vez, segundo os astrônomos, a lua não vai passar pela sombra mais escura da Terra - chamada de umbra. Nesse caso, não haverá um eclipse total. Os especialistas explicam também que o acontecimento é difícil de ver diretamente com o olho, pois o brilho da lua permance quase o mesmo.

Entenda na ilustração abaixo:


A lua apareceu no horizonte sem o brilho natural, mas acendeu o coração de muitos apaixonados. Foi assim com o (quase) casal de namorados Tarcísio Deca, de 26 anos, e Dayane Dantas, 22. Para eles, o fenômeno foi um atrativo para deixar o momento mais especial. "Ela (lua) ainda está bem simples, mas vamos ter uma visão melhor quando tiver no auge", contou Tarcísio sobre o início do evento astronômico.

Já o professor Sidclei Oliveira, 37, foi recepcionado no Recife com o início do eclipse lunar penumbral. Ele, que é morador de São Paulo, conhecia a capital pernambucana na companhia da farmacêutica Januária Lima, 32. "Estou conhecendo a cidade e aproveitando para curtir uma atividade diferente. Não é toda hora que a gente vê um eclipse", afirmou.

Além do eclipse lunar, o cometa 45P poderá ser observado por meio de instrumentos como binóculos, lunetas e telescópios. "Não é algo que percebamos a olhu nu em poucas horas, somente dia a após dia. Ou seja, quem observá-lo com instrumentos perceberá a mudança de posição", esclarece o astrônomo James Solon. Ele ainda diz que a melhor visualização será possível nas primeiras horas do sábado.

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Dayane Dantas, 22, e Tarcísio Deca, 26, foram contemplar o eclipse no Bairro do Recife - Rafael Paranhos/ NE10
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Sidclei Oliveira, 37, morador de São Paulo, visitava a cidade e presenciou o fenômeno - Rafael Paranhos/ NE10
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Eclipse solar

Além do espetáculo lunar, outro eclipse, desta vez solar, vai ocorrer no dia 26 de fevereiro. O fenômeno, momento em que a lua cobre parte do sol, será visto parcialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, além de partes do Centro-Oeste. Na região Nordeste, o eclipse poderá ser visto quando estiver entre 15% a 20% do total.

Outros asteroides vão passar próximos à Terra

Outros corpos celestes também vão passar próximo ao planeta ainda este ano. No dia 23 de setembro, a 153 mil quilômetros de distância, o objeto será menor, de 11 metros de diâmetro. Já no dia 12 de outubro, outro objeto, dessa vez com 19 metros de diâmetro, chegará ainda mais perto: 38.400 quilômetros da superfície do planeta.

Astrônomo diz que asteroide pode destruir a Terra em fevereiro

A Nasa contou que o cometa C/2016 U1 (Neowise) chegou, em 14 de janeiro deste ano, bem próximo em relação à Terra nas imediações do Sol. Já o asteroide 2016WF9 está previsto para passar próximo ao planeta , no dia 25 de fevereiro de 2017, podendo causar uma grande destruição, de acordo com o especialista em astronomia Dyomin Damir Zakharovich entrevistado por um jornal britânico.

Uma possível colisão do objeto com a Terra daria o fim a atual civilização , provocando um grande tsunami, segundo o cientista. Por outro lado, a Nasa diz que a proximidade do corpo celeste não representa perigo ao planeta.

Os astrônomos ainda não sabem a origem do 2016WF9 com precisão, nem determinaram se o objeto é um asteroide ou um cometa sem nuvem de poeira. Ainda de acordo com os especialistas, o corpo celeste tem pelo menos um quilômetro de diâmetro, visto pela última vez no dia 27 de novembro de 2016.

Raros asteroides acabariam com a Terra

Segundo os astrônomos, são raros os grandes asteroides com poder de acabar com a atual civilização. A Nasa ameniza ao dizer que a probabilidade de um deles atingir a Terra é de um em cada 50 ou 60 milhões de anos. Depois de um asteroide exterminar os dinossauros, muitas pessoas ainda pensam que o próximo poderá acabar de uma vez a Terra.

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