Fênomeno

Última Superlua de 2016 e chuva de meteoros nesta quarta-feira

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 12/12/2016 às 19:18
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A Superlua estará 28% mais brilhante e 12% maior, um pouco mais distante do que as outras deste ano / Foto: Eudes Régis/ JC Imagem

A Superlua estará 28% mais brilhante e 12% maior, um pouco mais distante do que as outras deste ano Foto: Eudes Régis/ JC Imagem

Quem perdeu as duas últimas Superluas de 2016, poderá observar novamente o terceiro e último fenômeno previsto para ocorrer este ano, que será menos intenso do que os programados para o século. O satélite natural da Terra estará gigante outra vez no céu, nesta quarta-feira (14), por volta das 18h, quando ficará 28% mais brilhante e 12% maior do que o habitual, segundo James Solon, astrônomo do Grupo de Astronomia de Pernambuco (Astro PE). Além do fenômeno, outro atrativo promete deixar as pessoas de olho além do horizonte para observar uma verdadeira chuva de meteoros na constelação de Gêmeos, chamada de Geminídeos.

O satélite do planeta ficará ainda maior no céu, só que não será um aumento real, mas uma aproximação aparente. O astrônomo explica que toda vez que a lua atinge o perigeu, ela fica mais próxima da Terra do que o normal, coincidindo com a fase cheia. Quem perder o fenômeno desta semana, só poderá apreciar em dezembro de 2017, porém será menos intenso do que os previstos para o século. Das luas gigantes marcadas para ocorrer dentro de 100 anos, a próxima e a segunda maior será em novembro de 2034. Já a Superlua do século vai ocorrer em dezembro de 2052. 

Não só o satélite promete um verdadeiro show de beleza no céu. Solon explica que os Geminídeos também vão protagonizar um espetáculo na direção da constelação de Gêmeos, cruzando o horizonte de boa parte do planeta. O fenômeno estará ainda mais brilhante e com cerca de 120 meteoros no céu por hora, podendo ser visto em maiores detalhes. O local ideal para aproveitar é afastado da metrópole, como no interior, devido à poluição luminosa (iluminação da cidade). Os meteoros também podem ser ofuscados por causa do brilho do satélite natural da Terra, deixando visível pelo menos 40 meteoros. O horário recomendado para observar as estrelas cadentes será por volta da 1h da manhã de quinta-feira (15).

Gustavo Belarmino/ NE10
Movimentação para acompanhar a superlua em Boa Viagem, Zona Sul do Recife - Gustavo Belarmino/ NE10
Gustavo Belarmino/ NE10
Apreciadores na expectativa para o surgimento da superlua em Boa Viagem - Gustavo Belarmino/ NE10
Ana Maria/ NE10
Superlua brilhando no céu de Caruaru, Agreste de Pernambuco - Ana Maria/ NE10
Luiz Pessoa/ NE10
Visão do Alto da Sé, em Olinda, no Grande Recife - Luiz Pessoa/ NE10
Romero da Fonte/ Cortesia
Superlua nascendo ainda tímida em Porto de Galinhas, em Ipojuca, Grande Recife - Romero da Fonte/ Cortesia
Eudes Régis/ JC Imagem
Superlua vista do bairro de Santo Amaro, Centro do Recife - Eudes Régis/ JC Imagem
Eudes Régis/ JC Imagem
Superlua vista do bairro de Santo Amaro, Centro do Recife - Eudes Régis/ JC Imagem
Bia Ivo/ TV Jornal
Clique da superlua da praia em Japaratinga, Alagoas - Bia Ivo/ TV Jornal
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Regristro da superlua na praia em Japaratinga, Alagoas - Bia Ivo/ TV Jornal
Bia Ivo/ TV Jornal
Superlua entre nuvens na praia de Japaratinga, em Alagoas - Bia Ivo/ TV Jornal
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Céu estampado com a superlua na praia de Japaratinga, em Alagoas - Bia Ivo/ TV Jornal
Sônia Dantas/ Cortesia
Moradores do bairro da Madalena, na Zona Oeste, apreciando a superlua - Sônia Dantas/ Cortesia
Marcone Barros/ Divulgação
Lua gigantesca em Gravatá, no Agreste do Estado - Marcone Barros/ Divulgação

As últimas Superluas de 2016

16 de outubro - Foi possível observar o fenômeno em várias partes do Grande Recife. Quem foi à praia assistiu o espetáculo no céu a olho nu, já que São Pedro deu uma ajudinha e o céu no dia não teve muitas nuvens.

14 de novembro - Quem estava na expectativa para apreciar a maior Superlua dos últimos 68 anos foi pego de surpresa devido ao mau tempo, no Grande Recife. A longitude entre o satélite natural e a Terra foi a menor desde 1948, deixando as pessoas eufóricas para acompanhar um espetáculo raro no céu. Em muitos pontos da capital pernambucana, as pessoas compareceram com celulares e câmeras na mão, mas o clima foi de frustração geral. Só por volta das 20h30, o tempo nublado começou a dar uma trégua e foi possível reverenciar o fenômeno, já com a lua no alto, mais distante.

Veja as Superluas do século

Fique atento aos riscos de alagamentos

James Solon, astrônomo do Astro PE, explica também que a maré deve aumentar por causa da influência da lua cheia, que ajuda a "puxar a massa da água" na Terra. Alguns bairros do Recife ficam alagados porque ficam abaixo no nível atingido pela maré quando está alta. “A cidade tem galerias e elas vão desaguar no mar ou no rio. Quando chove elas ficam cheias e quando a maré está se eleva essas águas voltam para as ruas que são mais baixas”, completou ainda o engenheiro sanitarista Gerson Batista Filho. 

Júpiter e Vênus pertos da Terra

Durante todo o mês de dezembro, quem olhar além das nuvens poderá observar dois planetas: Júpiter e Vênus. O pesquisador explica que Vênus pode ser apreciada na direção oeste, sempre a partir das 18h. O segundo planeta depois do Sol está como uma estrela, brilhando bem forte. Já Júpiter, maior planeta e o quinto depois do Sol, pode ser visto durante a madrugada.

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