Segundo estudo, os testes nos macacos mostraram que as células-tronco foram injetadas nos corações Foto: AFP
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"Ao serem transplantadas, as células musculares do coração (cardiomiócitos) derivadas das células-tronco da pele se integraram eletricamente aos cardiomiócitos dos animais submetidos ao tratamento, melhorando a capacidade de contração do coração danificado, sem nenhum sinal de rejeição do sistema imune", disse o coordenador do estudo, Yuji Shiba, da Universidade Shinshu (Japão).
Ele afirma, no entanto, que a técnica também aumentou a incidência de ritmos cardíacos irregulares. Por isso, segundo Shiba, é preciso realizar novos estudos para determinar se o novo tratamento pode ser considerado seguro o bastante para testes em humanos. "Acredito que podemos controlar essa arritmia pós-transplante", declarou Shiba.
Rejeição
Cientistas já haviam tentando, em estudos anteriores, tratar sobreviventes de ataques cardíacos retirando células da pele do próprio paciente para convertê-las em cardiomiócitos e auxiliar na recuperação do coração. A vantagem é que as células cardíacas não seriam rejeitadas pelo sistema imune, mas o procedimento é muito longo e caro.
No novo estudo, os cientistas japoneses tentaram outra abordagem Eles provocaram ataques cardíacos em cinco macacos e trataram os danos em seus corações com os cardiomiócitos criados a partir das células da pele de um macaco doador.
O doador foi selecionado de acordo com a compatibilidade genética, mas, ainda assim, os macacos que receberam o tratamento precisaram de drogas para impedir que seus organismos rejeitassem as novas células.
Segundo Shiba, os macacos que receberam a injeção de cardiomiócitos produzidos em laboratório tiveram cerca de 16% do tecido danificado do coração substituído. As novas células se misturaram às células saudáveis que restavam no coração e, em 12 semanas, já faziam o órgão bombear o sangue com mais vigor.