Ventos mais fortes podem provocar estragos estruturais Foto: Gustavo Belarmino/NE10
Ainda estamos no fim de julho, mas a incidência crescente dos ventos na cidade já é um anúncio para “os ventos de agosto”, expressão bastante popular que representa bem como é o mês no Recife e Região Metropolitana. De acordo com Roberto Pereira, meteorologista da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), o período é propício para os ventos médios, aqueles que possuem intensidade, mas não são fortes o suficiente para fazer estragos estruturais.
“Não têm intensidade para quebrar nada e provocar danos. Para que isso aconteça, é necessária uma combinação com a ocorrência de um sistema meteorológico, como a variação de pressão atmosférica e outros fatores que a meteorologia estuda”, afirma o especialista.
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Os ventos médios costumam ter uma média de 9km/h, diferentemente das rajadas. “Elas ultrapassam em 2/3 o valor dos ventos da região e podem ocorrer em qualquer época do ano”, explica.
Para entender melhor os níveis de ventos fortes e o que eles provocam, o meteorologista usou a escala de Beaufort. Com graus de 0 a 12, ela avalia velocidade do vento e o mesmo pode causar na terra. Veja:
“O Nordeste não tem ventos que costuma provocar danos materiais muito grandes, é muito raro. Mas isso não significa que não pode ocorrer. Todos se lembram do vendaval que deu no Recife em 29 de janeiro. Chegou ao nível que a gente considera uma tempestade, pois arrancou árvores e telhados”, comenta Roberto.