Natureza

Mãe urso e dois filhotes podem ser sacrificados se for comprovado que ela matou homem

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 11/08/2015 às 16:48
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Uma mãe urso e seus dois filhotes podem ser mortos, se um teste de DNA comprovar que ela foi responsável por matar e comer parcialmente um alpinista no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos.



Enquanto os animais aguardam os resultados de um teste de laboratório, o caso já provocou gritos de indignação de amantes da natureza, que argumentam que o animais estava simplesmente defendendo seus filhotes.

O caso aconteceu na última sexta-feira, quando o corpo de Lance Crosby, um alpinistas de 63 anos, foi encontrado a cerca de 800 metros de uma trilha. Segundo informações divulgadas pelas autoridades, ele estava caminhando sozinho, contra as recomendações do parque, e não levava qualquer proteção.

A mãe e um de seus filhotes foram capturados em armadilhas de urso, após o caso ser descoberto. Um mostra de DNA do animal foi coletada para que seja verificado se ela é, de fato, a responsável pela morte do homem. Enquanto os resultados ainda não são divulgados, autoridades do parque já estão buscando um zoológico ou alguma outra instalação de animais para levar os filhotes, que nasceram na primavera deste ano. Mas, até agora, não obtiveram sucesso. Se continuar assim, eles terão que ser sacrificados.

O parque vem recebendo uma enxurrada de telefonemas e mensagens no Facebook em protesto contra a morte da mãe.

"Estamos recebendo muitas chamadas de pessoas em defesa do urso", disse a porta-voz Yellowstone, Amy Bartlett, ao jornal britânico “The Telegraph”. - Ninguém quer matar um urso, mas é preciso que haja um equilíbrio entre segurança pública e preservação da natureza.

“Vamos agora matar todos os animais que matam mesmo que seja em seu próprio habitat?", questionou Barbara Gallagher na página do parque no Facebook. "Vamos matar todos os tubarões que matam alguém que está nadando onde os tubarões vivem?"

Em resposta, autoridades do parque relembraram um incidente em 2011, quando uma mãe urso matou um homem. Na ocasião, foi considerado que ela estava determinada a proteger seus filhotes e, por isso, optou-se por deixá-la viver. Mas algumas semanas depois ela se envolveu em um segundo ataque e teve que ser abatida.

Incluindo Crosby, oito pessoas foram mortas por ursos em Yellowstone desde que os registros começaram a ser feitos, em 1916. Dois deles foram mortos em incidentes separados em 2011.

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