Seis tubarões-tigre foram capturados em Fernando de Noronha Fotos: divulgação
A expedição formada por cientistas brasileiros e pesquisadores da Organização Não Governamental (ONG) Ocearch para marcação de tubarões-tigre na costa do Nordeste brasileiro chegou ao fim a semana passada. No total, seis animais receberam os marcadores, que possibilitarão acompanhar, em tempo real, a migração desses animais e estudar a sua relação com os ataques registrados na costa pernambucana.
Os tubarões foram levados para dentro do navio através de uma plataforma
A meta inicial do grupo, anunciada em julho, era marcar pelo menos vinte animais. Porém, segundo a ONG, embora o número tenha sido bem menor do que o esperado, o trabalho foi considerado um sucesso devido à variedade de tamanho e idade dos animais.
Os tubarões capturados foram batizados de Maria Bonita (fêmea, 2,60 metros e 85 quilos), Lampião (macho, 2,40 m e 124 kg), Castelo Branco (macho, 1,80 m e 37 kg), Noronha (macho, 2,08 m e 40 kg), Tupi (macho, 2,5 m e 81 kg) e Bezerra (fêmea, 2,45 m e 145 kg).
A movimentação dos predadores marcados durante a expedição poderá ser acompanhada através do site da Ocearch por um período de até dez anos. Após capturados, os tubarões foram levados para dentro do navio através de uma plataforma.
Em seguida, os pesquisadores aplicaram o chip de marcação em sua barbatana e realizaram outros procedimentos como coleta de sangue, retirada de parasitas e de pequenos pedaços do músculo e da barbatana, que ajudarão a obter informações sobre a reprodução, alimentação e dados genéticos do animal.
A expedição ocorreu a bordo de um navio-laboratório de 37 metros
PESQUISADORES - Já a equipe de pesquisadores foi comandada pelo professor do curso de engenharia da pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco Fabio Hazin. O grupo contou ainda com 12 cientistas da UFRPE, UFPE, das universidades do Pará, Bahia e do estado da Flórida, nos Estados Unidos.