Parente chegou cedo à penitenciária, onde familiares de outros detentos aguardavam por informações Foto: AFP
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O irmão dela, Tailson Nascimento de Souza, de 25 anos, está preso na ala 12 da unidade e foi condenado por tentativa de homicídio. "Ele é maltratado demais, está doente. Na última vez que eu cheguei para visitar, ele não tinha nem condições de levantar da cama direito", afirma Silvana, que reclama da alimentação e do tratamento oferecido aos presos na unidade. "Sabe Deus quando eu vou conseguir vê-lo de novo."
A auxiliar de limpeza diz estar convencida de que um primo é um dos 31 mortos no massacre promovido por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). "Tenho certeza que ele já foi. Era da ala 5 e, pelo que disseram, não sobrou ninguém de lá", afirma. "Essas confusões, essas mortes, só podem ser coisa de facção criminosa."
Última chacina
Segundo Silvana, desde a última chacina, em outubro de 2016, os presos eram mantidos trancados na cela. Saíam apenas às sextas, dia de visita na cadeia. "Hoje, era dia de levar o sabão, de levar comida. Lá dentro não tem nada disso", afirma. "Entrar lá é uma tristeza. O que a gente vê é uma imundície, as moscas tomando conta, tudo uma nojeira."