Rio de Janeiro

Mulher do embaixador grego negou participação no crime do marido

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 01/01/2017 às 17:27
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A polícia concluiu que Amiridis foi assassinado na residência do casal em Nova Iguaçu, cidade do Rio / Foto: AFP

A polícia concluiu que Amiridis foi assassinado na residência do casal em Nova Iguaçu, cidade do Rio Foto: AFP

A esposa do embaixador grego, Françoise Amiridis, de 40 anos, negou ter participado do crime do marido, Kyriakos Amiridis. Em depoimento à polícia, a embaixatriz revelou que mantinha uma relação extraconjugal com o soldado da PM Sérgio Gomes Moreira Filho, 29, há pelo menos seis meses. O corpo do diplomata foi encontrado em um carro carbonizado, na última quinta-feira (29), debaixo de um viaduto no Rio de Janeiro.

Françoise apontou o PM como o autor do assassinato. Segundo ela, a motivação teria sido por ciúmes. A viúva do diplomata está presa, temporariamente, no Completo Penitenciário de Bangu, Zona Oeste do Rio. O policial e um primo, 24, também foram detidos sob suspeita de participação do crime de Kyriakos.

Françoise se defendeu ao relatar que, no momento do crime, estava fora de casa, de acordo com a polícia. Portanto, não teve como intervir no crime, segundo informações da Folha de São Paulo. A polícia concluiu que Amiridis foi assassinado na residência do casal em Nova Iguaçu, cidade onde Françoise tem familiares.

Amiridis estava de férias com a família no Rio e deveria voltar a Brasília em 9 de janeiro, mas na última quarta-feira (28) Françoise denunciou que não tinha notícias do marido desde a noite de segunda-feira, quando ele teria saído do apartamento que mantinham em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Diante de várias contradições dos envolvidos, a polícia concluiu que Françoise e Sergio Gomes, "pessoa de confiança" da família, "planejaram" o assassinato de Kyriakos Amiridis e pediram ajuda a Eduardo Moreira de Melo, primo do policial militar. Françoise, inclusive, teria prometido pagar 80 mil reais a Eduardo Moreira por sua ajuda no crime.

Conclusão do crime

Sérgio Gomes Moreira disse à polícia que teve uma briga com Amiridis no apartamento, e que acabou atirando com uma arma que pertenceria ao próprio diplomata, mas a polícia acredita que a vítima foi esfaqueada, já que os vizinhos não ouviram barulho de tiro na noite do crime.

Sérgio Gomes Moreira disse à polícia que teve uma briga com Amiridis no apartamento, e que acabou atirando com uma arma que pertenceria ao próprio diplomata, mas a polícia acredita que a vítima foi esfaqueada, já que os vizinhos não ouviram barulho de tiro na noite do crime.

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