Luto

Morre no Rio de Janeiro o jornalista pernambucano Geneton Moraes Neto

Julliana de Melo
Julliana de Melo
Publicado em 22/08/2016 às 19:26
Leitura:

 / Foto: Reprodução/Internet

Foto: Reprodução/Internet

Morreu nesta segunda-feira (22), o jornalista pernambucano Geneton Moraes Neto, no Rio de Janeiro. Ele estava internado há três meses na Clínica São Vicente, que fica na Gávea, Zona Sul da capital carioca. Depois de sofrer um aneurisma da artéria aorta, Geneton precisou de doação de sangue com urgência, mas não resistiu às complicações.

Nascido no dia 13 de julho de 1956, no Recife, Geneton saiu da cidade natal há 30 anos e já trabalhou em veículos como Diário de Pernambuco, O Estado de S. Paulo e Rede Globo, onde exerceu a função de editor-executivo do Jornal da Globo e do Jornal Nacional. O jornalista também foi correspondente internacional da Globo News e do jornal O Globo em Londres e duas vezes editor-chefe do Fantástico.

LEIA MAIS:
» O homem que sabe perguntar - por Homero Fonseca
» Geneton Moraes Neto entrevistou de Arraes ao assassino de Martin Luther King 
» Geneton Moraes Neto e o Ciclo do Super 8 
» Último texto de Geneton Moraes Neto em seu site fala sobre a possível queda de Dilma 
» Último grande trabalho de Geneton Moraes Neto foi o documentário Boa Noite, Solidão

Entre suas obras mais famosas como escritor estão "Dossiê 50: os onze jogadores revelam os segredos da maior tragédia do futebol brasileiro", "Dossiê Gabeira: o filme que nunca foi feito" e "Dossiê Brasil: as histórias por trás da história recente do País". Ele também se aventurou no mundo do cinema e teve entre suas obras o documentário "Boa Noite, Solidão", que foi exibido no Recife durante a última edição do Festival VerOuvindo, em abril.

No site do jornalista, ele relata em uma irônica e curta autobiografia que não trocaria por nada o exercício da reportagem, "a única função realmente importante no jornalismo", diz. Escrevendo em terceira pessoa, mas em referência a si mesmo, Geneton continua: "Há décadas o autor repete em tom inaudível a pergunta: 'quem disse que eu queria vir [ao mundo]?'. Já que veio, faz jornalismo. Entre trancos e barrancos, o jornalismo pode valer a pena. Faz de conta que vale", conclui, após relembrar as oportunidades que teve como repórter, como conversar com sobreviventes do naufrágio do Titanic, astronautas que pisaram na Lua e o produtor de todos os discos dos Beatles, entre muitas outras personalidades ao longo da extensa carreira.

Mais lidas