escolas de samba

Segundo dia de desfiles em São Paulo tem modelo expulsa após tirar a roupa

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 08/02/2016 às 10:33
Leitura:

Juliana Isen causou polêmica no desfile da Unidos do PEruche / Foto: Reprodução/TV Globo

Juliana Isen causou polêmica no desfile da Unidos do PEruche Foto: Reprodução/TV Globo

A empurrões e pontapés, a modelo Juliana Isen, musa do impeachment, foi expulsa do do desfile da Unidos do Peruche no Sambódromo sob o olhar do presidente da Liga, Serginho. Ela, que já tinha sido proibida de usar um tapa-sexo com o logo do "Fora Dilma", foi retirada da ala das passistas depois de ficar com os seios amostra em frente ao recuo da bateria.  

Juliana cabou expulsa do desfile a pontapés após tirar a roupa, em repúdio. "Me senti humilhada e estou saindo ferida. Vou processar essa escola." A Unidos do Peruche pode perder pontos em evolução e fantasia. O presidente da escola, Sidney de Moraes, justificou-se: "Ela não estava com a vestimenta legal. Nossos harmonias, cientes disso, e acabaram tirando (a integrante). Só que ela quis permanecer."

Juliana era a madrinha da ala das passistas. Foi o próprio Serginho que puxou ela pela cintura, pediu para abrir o portão que dá acesso a saída, até que um membro da escola a empurrou no chão e jogou o costeiro da fantasia sobre ela. A modelo  explicou que assim que chegou na escola foi abordada por um membro da Peruche que exigiu a retirada do tapa-sexo. Segundo ela, o adereço tinha sido acordado com a escola assim que ela foi chamada para desfilar pela agremiação. "Como não deixaram, fiz meu protesto por um País melhor deixado os seios a mostra." A escola pode perder pontos na apuração.

A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo informou que aguarda o término do desfile para poder se manifestar sobre o ocorrido.

DESFILES - Além da passista agredida e expulsa do desfile, um integrante que caiu do carro e ficou gravemente ferido e até uma suposta agressão cometida pelo presidente de uma escola foram o cenário da segunda noite de desfiles do Grupo Especial do carnaval de São Paulo no Sambódromo do Anhembi, na zona norte. 

A X-9 Paulistana precisou tirar o segundo carro da avenida após a queda de um integrante, de uma altura de sete metros. Ele foi socorrido por uma ambulância. Além disso, a escola teve outros problemas com as alegorias no desfile - uma foi retirada após falha no eixo. 

A Vai-Vai fez um desfile elegante, cheio de referências histórias, fantasias luxuosas e alegorias vibrantes. A escola também brincou com os sentidos do público e teve um carro alegórico que cruzou a avenida borrifando perfume. A bateria, que vestia as cores da bandeira da França, ousou ao fazer uma coreografia que misturava dança e corrida para entrar no recuo. "Estamos sendo homenageados pela melhor escola de São Paulo. É uma honra e um prazer", disse o cônsul da França em São Paulo, Damien Loras.

Uma suposta agressão cometida pelo presidente da Vai-Vai, Darly Silva, o Neguitão, está sendo apurada, segundo a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo. Se confirmada, a agremiação pode perder três pontos. A assessoria da escola informou que não tem um posicionamento sobre o caso. 

Para explorar o universo dos mistérios, a Império de Casa Verde apostou em um desfile visual, com fantasias trabalhadas e carros luxuosos. Já a Acadêmicos do Tucuruvi trouxe a religião no Brasil. O segundo carro fez homenagem a Iemanjá, com 30 mulheres girando seus vestidos de filhas de santo.

A Dragões da Real apostou nos presentes como tema do enredo. Para abordá-lo, ninguém menos do que o Papai Noel no abre-alas. A Mocidade teria feito um desfile de campeã se não fossem os buracos deixados nos últimos setores da escola, causados por um carro alegórico com problemas mecânicos.

Mais lidas