A chacina ocorreu em abril de 2011 e deixou crianças e adolescentes mortos Foto: Reprodução / Agência Brasil
O monumento, construído a pedido das famílias das vítimas, agrupa as esculturas de bronze de 11 crianças e adolescentes, com 1,5 metro de altura. Uma borboleta representa a 12 a vítima, já que a família pediu para que o rosto da criança não fosse reproduzido no memorial.
Tia da menina Karine Lorraine, Ana Paula dos Santos diz que o tempo que se passou desde a tragédia não foi suficiente para diminuir a dor da perda de sua sobrinha, que tinha 14 anos quando foi morta.
“As pessoas falam: 'com o tempo passa'. Para quem não está vivenciando isso na família passa, passa rápido. Mas, para a gente que convive ali, no dia a dia, sabendo que ela não vai mais chegar, não vai mais te ligar, você não vai mais ouvir a voz, você não vai mais ver, isso é como se fosse ontem”, disse.
Para o hoje subtenente Márcio Alves, que entrou na escola durante a chacina, confrontou o atirador e impediu que o número de mortos fosse maior, o monumento é uma bela homenagem às crianças. “Toda homenagem para eles é válida. Seria melhor se fosse uma homenagem com eles vivos, mas, pelo sofrimento que essas famílias passaram, tudo é válido para elas”, afirmou.
Em um discurso, durante a inauguração, Adriana Maria, mãe de Luiza Paula, que tinha 14 anos quando morreu, disse que o monumento não deve ser encarado como algo que lembre a dor e o sofrimento, mas sim como um pedido de paz.