Neurocientista confirmou à reportagem que foi impedido de entrar no hotel, mas disse que foi algo menor do que vinha sendo noticiado Foto: Reprodução/Internet
O hotel Tivoli Mofarrej, nos Jardins (zona oeste de São Paulo), negou na manhã deste sábado (29) que tenha barrado o o neurocientista Carl Hart.
Imagens do circuito interno apresentadas à reportagem indicam que, até entrar em seu quarto, Hart não foi abordado por funcionários do estabelecimento e que ele andou livremente pelo saguão do hotel.
As gravações mostram o palestrante chegando ao hotel acompanhado de um homem, na manhã de quinta (27). Durante a entrada e a passagem deles pelo saguão e pela área do evento, a circulação dos dois ocorre sem impedimentos.
Hart, que está vestido com camiseta, vai ao banheiro que fica no mesmo ambiente em que já ocorria o evento para o qual havia sido convidado. Até este momento, ele é acompanhado de perto por um homem que estava de terno e havia chegado com o cientista ao hotel. A administração do hotel nega que o homem fosse funcionário do local. O homem aguarda a saída de Hart do banheiro.
Depois de alguns minutos, Hart cumprimenta o homem que o havia acompanhado e os dois voltam ao saguão do hotel buscar as malas do cientista. Neste momento, os dois são abordados por um organizador do evento.
Não é possível ouvir o que é conversado, mas, em seguida, Hart se dirige à recepção do hotel ainda com a ajuda do homem que o acompanhava, onde faz o check-in. Logo depois, ele segue sozinho quarto e o homem que o acompanhava vai embora.
"Nós tivemos que analisar as imagens para entender o que havia acontecido", disse Renaud Pfeifer, gerente geral do Hotel Tivoli. "Mas, segundo as imagens, em momento algum o Hart foi abordado por seguranças ou impedido de entrar no hotel".
O hotel disse ter entrado em contato com o hóspede que teria dito que não se sentiu constrangido.
CONFIRMAÇÃO - Na noite de sexta-feira (28), a reportagem entrou em contato com Hart para confirmar informações que circulavam sobre o suposto constrangimento ao neurocientista.
Quando questionado sobre se ele havia sido impedido de entrar no hotel, o pesquisador respondeu por e-mail: "É verdade, mas foi [algo] menor". Hart, porém, não deu detalhes do que ocorreu na ocasião.
Após ter acesso às imagens do circuito interno do hotel, a reportagem voltou a entrar em contato com o cientista, mas ainda não obteve resposta.