Minas Gerais

Justiça decreta prisão de mais dois suspeitos pela morte de Eliza Samudio

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 12/07/2015 às 18:43
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Ex-amante do goleiro Bruno, Eliza foi assassinada em 2010 mas eu corpo nunca foi encontrado  / Foto: Reprodução

Ex-amante do goleiro Bruno, Eliza foi assassinada em 2010 mas eu corpo nunca foi encontrado Foto: Reprodução

Após aceitar a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais, a Justiça decretou nesta sexta-feira (10) a prisão preventiva de mais duas pessoas suspeitas de participação nos crimes que culminaram na morte em 2010 da modelo Eliza Samudio, ex-amante do então goleiro Bruno.

Ao todo, sete pessoas já foram condenadas pelo homicídio de Samudio, cujo corpo jamais foi encontrado. Ex-atleta do Flamengo, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo mando e homicídio da ex-namorada.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, os dois já eram investigados em 2013. São eles o policial civil aposentado José Laurindo de Assis Filho, conhecido como Zezé, 50, e Gilson Costa, 48.

Zezé vai responder por suspeita de ter praticado seis crimes -entre eles, homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Já contra Costa, policial civil na ativa, a acusação é de crime de coação no curso do processo.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Zezé, sob a alegação de que a liberdade do réu pode atrapalhar o andamento da instrução criminal. "O simples fato de se tratar de um policial civil incute temor a testemunhas e aos demais envolvidos na sequência de crimes", disse o juiz Elexander Camargos Diniz, da Vara do Tribunal do Júri de Contagem.

Em relação a Costa, o magistrado alegou que ele deve ser proibido de se aproximar e manter contato com testemunhas, vítimas e informantes do processo. Em seu despacho sobre o recebimento da denúncia, o juiz afirma que há prova da materialidade dos crimes e que há indícios de autoria dos fatos apontados pelo Ministério Público.

SIGILO - Como a ação penal foi proposta com base em elementos colhidos a partir da quebra do sigilo bancário e telefônico dos envolvidos, o juiz determinou o sigilo do processo, autorizando que apenas as partes e seus respectivos advogados tenham acesso aos autos. Os suspeitos têm agora o prazo de dez dias para responder à acusação.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, posteriormente, o magistrado poderá determinar que eles sejam submetidos a júri popular ou não. Ainda não há uma data para que essa decisão ocorra.

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