Demissões

Estaleiro Eisa em Niterói demite mil trabalhadores

Marcella César de Albuquerque Falcão
Marcella César de Albuquerque Falcão
Publicado em 23/06/2015 às 18:20
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Sindicato dos Metalúrgicos diz que empresa alegou que não tem recursos nem para pagar a refeição dos trabalhadores / Foto: Internet

Sindicato dos Metalúrgicos diz que empresa alegou que não tem recursos nem para pagar a refeição dos trabalhadores Foto: Internet

O Estaleiro Eisa Petro Um (Mauá) na Ponta da Areia em Niterói, demitiu nesta terça-feira (23) mil operários, de um total de cerca de 3.600 segundo informou o presidente do o Sindicato dos Metalurticos de Niterói, Edson Rocha. O sindicalista explicou que em reunião nesta terça com os representantes do estaleiro Eisa, uma empresa do grupo Sinergy, controlador do Estaleiro Mauá, para realizar as construções dos navios petroleiros encomendados pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, afirmaram que as demissões foram necessárias porque não tem mais recursos.

"Os representantes da empresa me falaram que dentro de uma semana não teriam mais dinheiro nem para pagar as refeições dos trabalhadores nem pagar o salário no fim do mês" disse Rocha.

De acordo com o sindicato, o Eisa já fez três dos últimos quatro navios que tinham sido encomendados pela Transpetro. O estaria sem recursos estaria com dificuldades para construir o quarto navio e teria solicitado revisão dos preços junto à estatal. Mas outro problema seria que o Eisa não está com dificuldades para conseguir garantias reais para obter um financiamento bancário para poder iniciar as obras de um outro contrato da Transpetro com encomenda de mais oito navios.

"Sem recursos não tem o material para dar início aos novos navios e com isso eles (a empresa) argumenta que fica difícil manter os trabalhadores. a situação é muito grave, pois é mão de obra qualificada que acaba se perdendo" destacou Rocha.

Procrado o estaleiro Eisa Petro Um, não retornou.

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