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Aeronautas prometem interromper todos os voos do Brasil por uma hora

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 15/01/2015 às 13:13
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Categoria de comandantes, copilotos e comissários considerou "inaceitável" a proposta das empresas de reajuste salarial e condições de trabalho / Foto: Agência Brasil

Categoria de comandantes, copilotos e comissários considerou "inaceitável" a proposta das empresas de reajuste salarial e condições de trabalho Foto: Agência Brasil

O SNA (Sindicato dos Nacional dos Aeronautas) decidiu durante uma assembleia nessa quarta-feira (14) que vai interromper todas as decolagens previstas para ocorrerem na próxima quinta-feira (22) das 6h às 7h.

A categoria de comandantes, copilotos e comissários considerou "inaceitável" a proposta das empresas de reajuste salarial e condições de trabalho.

A categoria informou que a paralisação será nacional e continuará por tempo indeterminado e pode ser intensificada. Os aeronautas querem um aumento de 8,5%, enquanto o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas) oferece 6,5% - 0,17% acima da inflação.

Os aeronautas reivindicam, entre outras coisas, escalas de trabalho que gerenciem o risco de fadiga dos tripulantes, limitação dos períodos de trabalho nas madrugadas e jornadas menos extensas, condições que afetam diretamente a segurança de voo e a qualidade de vida destes trabalhadores.

"Nosso objetivo não é apenas financeiro. As reivindicações sociais, relacionadas a escalas e jornadas de trabalho justas, são tão importantes quanto as econômicas", disse o presidente do SNA, Adriano Castanho.

A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) informou que as negociações continuam e que haverá uma nova reunião nesta sexta-feira (16). De acordo com ela, foi oferecido ainda um aumento de 7% no vale alimentação e um reajuste de 11% na apólice do seguro de vida.

A associação afirmou ainda que cerca de 70% das cláusulas propostas pelos funcionários foram aceitas integralmente ou parcialmente.

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