Incendiados

Após ataques, ônibus saem com atraso em Florianópolis

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 29/09/2014 às 12:50
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A segunda-feira (29) amanheceu complicada na Grande Florianópolis. Apreensivas com os últimos atentados desde sexta-feira, 26, três empresas que atendem principalmente a região continental começaram a circular seus ônibus mais tarde, somente a partir das 7h. Além do atraso, a população teve que ter mais paciência com os congestionamentos por causa da chuva.

Ao todo, cinco ônibus foram incendiados nos últimos três dias. Na noite de sexta-feira foram dois ataques. Um ônibus foi queimado em Palhoça e o outro teve princípio de incêndio em São José. Na manhã de sábado, 27, outro coletivo foi completamente incendiado. E na noite de domingo, 28, aconteceram outros dois ataques. O primeiro no município de Tijucas e o segundo em Florianópolis, no bairro Saco dos Limões, na Ilha. Ninguém se feriu nessas ações.

Neste período, na madrugada de domingo, também aconteceram atentados a casas de dois policiais militares e um depósito da Polícia Civil, em São José, e um posto da PM e um depósito da Polícia Civil, em Palhoça, que estavam vazios. Nas residências, os tiros acertaram as janelas. Ninguém se feriu. 

Após esses ataques, policiais saíram em ronda e conseguiram encontrar dois suspeitos em uma moto com placas de Blumenau e sem registro de furto. Houve tiroteio, um dos criminosos morreu. O outro foi levado ao Hospital Regional de São José com ferimentos graves. O morto foi identificado como Cesar Machado, de 33 anos.

Segundo a PM, os responsáveis pelos incêndios ainda não foram identificados. A coronel Claudete Lehmkul, chefe do centro de comunicação da PM, afirma que as investigações estão a cargo da Secretaria Estadual de Segurança Pública, que vai determinar se os casos têm ligação com o crime organizado.

No segundo semestre de 2012 e 2013, atentados semelhantes foram orquestrados pela facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que atua dentro e fora dos presídios estaduais.

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