Especulações

Abreu diz que não há proposta de compra da Tim

Elvis Lima
Elvis Lima
Publicado em 02/09/2014 às 21:08
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"Esse negócio era uma oportunidade, mas não uma necessidade. Não fomos em frente porque não quisemos entrar em uma guerra de preços (com a Telefônica)", comentou / Foto: Reprodução

"Esse negócio era uma oportunidade, mas não uma necessidade. Não fomos em frente porque não quisemos entrar em uma guerra de preços (com a Telefônica)", comentou Foto: Reprodução


O presidente da Tim, Rodrigo Abreu, disse nesta terça-feira (2), que a empresa não está à venda e acrescentou que recebeu com "estranheza" o fato relevante da Oi que informava que a companhia tinha contratado um banco para estudar essa possibilidade de compra da Tim. "O nosso controlador, Telecom Itália, já declarou várias vezes a importância estratégica da operação no Brasil e o compromisso de longo prazo com o País", disse Abreu, após encontro com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "A Oi não fez proposta, só anunciou que contratará um banco para estudar o assunto", reforçou o executivo.

De acordo com ele, a estratégia da Tim no Brasil é continuar a crescer no mercado de dados, aproveitando-se de sua posição como líder na modalidade pré-paga e no uso de internet em smartphones. "Tanto que tentamos reforçar nossa operação com a proposta de aquisição da GVT. Esse negócio era uma oportunidade, mas não uma necessidade. Não fomos em frente porque não quisemos entrar em uma guerra de preços (com a Telefônica)", comentou.

4GDe acordo com Abreu, a empresa mantém sua decisão de participar incondicionalmente do leilão de 4G na frequência de 700 MHz, marcado para o dia 30 deste mês. A exemplo da Telefônica, no entanto, a Tim também entrou com pedidos de impugnação de trechos do edital. Segundo Abreu, o principal ponto questionado pela companhia é o fato de o serviço de 4G só poder ser oferecido na frequência 12 meses após a saída dos radiodifusores. "Se a TV analógica for desligada, as faixas deveriam estar disponíveis imediatamente", avaliou.

Outros pontos questionados pela Tim são a falta de teto para o valor das obrigações das teles com a limpeza da faixa e os juros e garantias do edital. O executivo comentou ainda que a Tim consideraria a linha de financiamento do BNDES para o pagamento à vista das outorgas caso essa linha de crédito existisse, mas ressaltou que a empresa tem "uma flexibilidade financeira" muito grande.

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