Málaga

Espanha: defensora dos animais é julgada por matar 2.000 cães e gatos

Ingrid
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Publicado em 22/11/2016 às 16:08
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A presidente da associação pode ser condenada a até quatro anos de prisão, acusada de matar, com um cúmplice, mais de 2.000 cachorros e gatos. / Foto: Divulgação

A presidente da associação pode ser condenada a até quatro anos de prisão, acusada de matar, com um cúmplice, mais de 2.000 cachorros e gatos. Foto: Divulgação

A presidente de uma associação de defesa dos animais do sul da Espanha pode ser condenada a até quatro anos de prisão, acusada de matar, com um cúmplice, mais de 2.000 cachorros e gatos, que agonizaram dolorosamente, afirmou uma fonte judicial na terça-feira (23).

A acusada, submetida a julgamento desde meados de novembro, presidia uma associação sem fins lucrativos que cuidava de animais abandonados ou doados para serem oferecidos à adoção, em Torremolinos, na província de Málaga.

O abrigo também funcionava como salão de beleza, hotel e clínica privada para animais, mas a presidente carecia de diploma de veterinária, segundo a acusação.

Após a investigação, o promotor concluiu que a responsável e um funcionário encarregado da manutenção do local "sacrificaram e entregaram para cremação" 2.183 animais entre janeiro de 2009 e outubro de 2010.

Eles injetavam um produto eutanásico nos animais, mas em doses menores do que as recomendadas, "com o objetivo de poupar gastos", e sem sedá-los previamente, provocando "uma lenta e dolorosa agonia", disse o promotor.

"Para realizar estes extermínios maciços e programados, (...) as câmeras de segurança do centro eram desligadas e a música era colocada em volume alto" para disfarçar "os gritos dos animais", segundo as conclusões do promotor.

O objetivo de sacrificar os animais era reduzir custos e privilegiar as atividades privadas lucrativas, acrescenta o documento.

A acusada pode ser condenada a quatro anos de prisão por maus-tratos a animais, exercício ilegal da profissão e falsificação de documentos.

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