Solidariedade

Onde doar sangue em Pernambuco

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 25/11/2015 às 15:30
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Muitos doadores participaram do Dia Nacional de Doação  / Foto: Isabelle Figueirôa/NE10

Muitos doadores participaram do Dia Nacional de Doação Foto: Isabelle Figueirôa/NE10

Nesta quarta-feira (25), comemora-se o Dia Nacional do Doador de Sangue. A data é uma homenagem a todos que se dispõem a dar um pouco de vida ao próximo. O ato nobre é extremamente necessário para abastecer os estoques de sangue, que estão sempre carecendo da colaboração voluntária dos seus cidadãos.

No Brasil, existe um grande déficit na porcentagem de pessoas "fidelizadas", ou seja, que não direcionam o seu sangue para alguém específico. Segundo a Organização Pan-AMericana de Saúde (Opas), apenas 1,9% da população pratica doação na rede pública, número muito abaixo de países desenvolvidos como Estados Unidos e Japão, que possuem um índice de 3% a 5%. 

A meta nacional é alcançar ao menos 2,2% em cinco anos. Pernambuco se destaca no Nordeste como o maior centro da região, mas seu índice proporcional é o mesmo em relação ao resto do País.


Ao cidadão que se interessar em doar, pode ir à Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), instituição pública que direciona as doações aos pacientes necessitados no Estado. Existem unidades em 11 cidades: Recife, Limoeiro, Palmares, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Salgueiro, Petrolina, Ouricuri, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada.

No Recife, existem ainda dois outros pontos de coleta de caráter privado: o Banco de Sangue Hemato e o Instituto de Hematologia do Nordeste (Ihene). Em nenhum dos casos é necessário o pagamento de qualquer taxa ou custo e os procedimentos realizados são iguais aos pontos públicos. 

No Brasil, ao contrário de outros países como Estados Unidos, a comercialização do sangue é proibida desde 1980 e reafirmada na Constituição Federal de 1988. Já Pernambuco, logo na fundação do Hemope, em 1977, extinguiu a prática de doação remunerada. Os principais motivos para a obrigatoriedade do ato por livre e espontânea vontade é a de que o doador deve estar motivado apenas pela possibilidade de ajudar o próximo, o que evitaria possíveis mentiras no processo triagem em prol de alguma vantagem monetária.

No caso dos bancos de sangue particulares, os planos de saúde arcam apenas com os custos do procedimento, mas em nenhuma circunstância é permitido cobrar pela doação, como previsto no artigo 199 da Constituição.

O Ihene recebe do Sistema Único de Saúde (SUS) uma renda que representa 60% do seu total. Em casos de extrema necessidade de estoque na rede pública, o Hemope pode recorrer ao instituto para que, havendo a possibilidade, seja feito um repasse de sangue para esses pacientes.

O fato é que em qualquer um dos pontos escolhidos, é importante que haja uma mobilização social em prol da doação de sangue e entender que salvar vidas vai além de ser um ato solidário, é um ato humano.

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