solidariedade

Equipe do #10Horas fala da experiência de doar sangue

Inês Calado
Inês Calado
Publicado em 25/11/2015 às 15:42
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25 de novembro, Dia Nacional do Doador de Sangue. Não por acaso, hoje, dia 25 de novembro, esse foi o tema do projeto #10Horas. O que motiva as pessoas a saírem de suas casas para doar tempo e vida para um desconhecido? Foi a resposta a essa pergunta que nos levou também a doar sangue durante a pauta.  

 
Inês Calado, editora
Sou doadora desde 2003, mas nunca consegui doar no Hemope. Minha pressão arterial é normalmente baixa e isso é um impedimento no banco de sangue público. Para conseguir doar, vou no Ihene, onde explico que aquela é a minha pressão, que não tenho nenhum problema de saúde, e dá certo. Nunca passei mal. Para doar no Hemope, nem sempre você vai encontrar funcionários sorridentes. Não tive sorte nem com a enfermeira que fez a primeira triagem nem com a médica. "Com essa pressão você não vai doar", disse. Insisti. Ela, então, mandou que fizesse um lanche. Também foi preciso tirar sangue para ver se estava com anemia, pois o aparelho que mede a hemoglobina sem agulha estava em falta (como também curativos). Depois do lanche, minha pressão aumentou um pouco e, enfim, fui liberada para doar sangue no Hemope (viva!). Acho maravilhosa a sensação de poder ajudar alguém desconhecido. Também fiquei muito feliz em ver toda a equipe do #10Horas enfrentando o medo da agulha por essa causa tão nobre

 

Isabelle Figueirôa, repórter
Diferentemente de outros dias, hoje o Hemope estava lotado de doadores. Alguns foram convocados, outros vieram motivados pela campanha do Dia Nacional do Doador de Sangue. O processo inteiro - chamada do nº da ficha no painel, cadastro, triagem, entrevista com o médico, coleta de sangue para hemograma, liberação para doação, lanche, doação e lanche - durou cerca de uma hora e meia. A doação em si acontece em menos de 20 minutos. Como o teste rápido de anemia (a famosa e temida furadinha no dedo) estava em falta, acabei tendo que fazer um hemograma. Geralmente o médico acha que estou anêmica e solicita o exame, cujo resultado sai muito rápido, em menos de 10 minutos. Enfim, mais uma vez consegui doar e ajudar a salvar a vida de alguém, mesmo que desconhecido. Que junto com meu sangue, o paciente recebe muita energia boa e desejos de cura!

Mayra Cavalcanti, repórter 
Doar sangue era um desejo antigo. Mas como fui anêmica durante um longo período da minha vida, nunca pôde. Ao chegar ao Hemope, estava cheia de expectativa e um pouco de medo. Após a coleta de meus dados e da aferição de pressão e peso, fui atendida por uma médica, mas tive que esperar dois minutos para que ela parasse de conversar no WhatsApp e olhasse para mim. Tive que fazer exames de sangue, que foi coletado em minha mão, o que causou um certo incômodo, mas tudo certo. Nada de anemia, fui liberada para tirar o sangue. Não senti dor em momento algum. A enfermeira era simpática e me acalmou e, quando menos esperava, acabou. Fiquei um pouco tonta e tive que ficar deitada por 10 minutos. Espero continuar saudável porque com certeza vou voltar! 

 

Thiago de Lima Vieira, estagiário
Há muito tempo que tenho vontade de doar sangue. Ajudar alguém que eu nunca vi sempre me pareceu um ato nobre, solidário. A minha primeira oportunidade apareceu justamente no Dia Nacional do Doador de sangue, uma data que homenageia, merecidamente, pessoas que arranjam um tempo do dia para dividir um pedaço da sua vida com alguém. Como era um dia especial, o Hemope estava mais cheio do que o normal. A minha alegria em estar vivendo aquela experiência se dividia com os sorrisos dos funcionários do centro que, durante todo o ano, batalham para conseguir abastecer os bancos de sangue. Infelizmente, o estoque sempre carece de mais doações. Ao deitar na maca, tudo tranquilo. O procedimento foi rápido, sem dor. Dona Fátima, que me atendeu, foi todo o tempo muito atenciosa e cuidadosa. Por fim, o lanche na saída teve um gosto especial, porque eu sabia que estar ali tinha valido muito a pena.

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