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#10Horas revela histórias de protagonismo feminino contra a violência

Julliana de Melo
Julliana de Melo
Publicado em 26/10/2015 às 10:53
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Ações de combate ao feminicídio incentivam as denúncias dos crimes contra a mulher / Ilustração: Bruno de Carvalho/ NE10

Ações de combate ao feminicídio incentivam as denúncias dos crimes contra a mulher Ilustração: Bruno de Carvalho/ NE10

"Cadê meu celular? / Eu vou ligar prum oito zero/ Vou entregar teu nome/ E explicar meu endereço/ Aqui você não entra mais.." Os primeiros versos da música ‘Maria da Vila Matilde’,  de Elza Soares, já ecoam por vários lugares do Brasil. Mulheres que dão um basta na violência doméstica - e também urbana - ainda não são maioria, mas já chamam a atenção e fazem a diferença. Da Vila Matilde, da Penha, do Recife. Histórias de protagonismo feminino contra a violência cotidiana serão contadas no projeto #10Horas desta segunda-feira (26).

De tão relevante, o tema esteve presente na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nesse domingo (25), repercutindo e causando polêmica nas redes socias. Além dos feras que prestaram o exame, muitos tiveram o que comentar sobre "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Ótimo momento para, como diz o jargão jornalístico, aprofundar a pauta.

Campanha de violência contra a mulher do Disque Denuncia Nacional

Campanha de violência contra a mulher do Disque Denuncia NacionalFoto: divulgação

Levantamento feito pelo blog RondaJC revela que 188 mulheres foram assassinadas em Pernambuco, de 1º de janeiro a 30 de setembro deste ano. As estatísticas foram contabilizadas pela Secretaria de Defesa Social (SDS). Isso significa que, em média, uma mulher foi morta a cada 31 horas em 2015. Os meses mais violentos foram fevereiro (27), maio e agosto, com 25 assassinatos registrados cada um.

A violência doméstica é a mais grave, mas apenas uma das facetas da agressão cotidiana a qual mulheres - de qualquer idade, cor ou classe social - estão sujeitas. A Lei Maria da Penha entrou em vigor como uma importante ferramenta de combate, mas tem brechas e não consegue proteger todas as mulheres. Juntas, elas começam a descobrir que podem mais. E podem mais com a sua colaboração.

Você, mulher, já sofreu algum tipo de violência? Conhece ações de combate? Conte sua história, mande sugestões e acompanhe o passo a passo da construção da reportagem nas redes sociais através das HTs #10Horas e #ElasNãoSeCalam:

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