Para tentar manter a Conde da Boa Vista limpa, os garis trabalham 24 horas, em esquema de revezamento Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Sete vezes ao dia. Essa é quantidade média de varrição da Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores viários do Recife por onde trafegam diariamente cerca de 400 mil pessoas. Para tentar manter a via limpa, os garis trabalham 24 horas, em esquema de revezamento, percorrendo os 1,7 km de extensão da avenida para recolher o lixo descartado nas calçadas, como embalagens de alimentos industrializados, latas de refrigerante e vasilhames plásticos.
A falta de educação da população também resulta em gasto de dinheiro público. Na cidade do Recife varre-se em média 20.400 km de vias por mês. O custo mensal desse serviço é de R$ 2,5 milhões, o que corresponde a aproximadamente 19% dos custos total com os serviços de limpeza urbana (R$ 13,4 milhões). Parte desses recursos poderia ser poupado se o número de varrições fosse menor.
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Não só a Avenida Conde da Boa Vista, mas outras vias do Centro do Recife e localidades mais carentes, como as áreas de morro, necessitam de reforço na limpeza. “Nas áreas mais sujas, a varrição é feita diariamente, alguns mais de uma vez por dia, inclusive com programação diferenciada para a coleta realizada pelos caminhões”, explica a diretora executiva de limpeza Urbana da Emlurb, Bárbara Arrais, informando que em outros locais, onde não acontece despejo irregular, o esquema de limpeza (varrição e coleta) é realizado em dias alternados.
Gari recolhe lixo irregularFoto: Helia Scheppa/JC Imagem
JABOATÃO E OLINDA – A reportagem entrou em contato com as assessorias de imprensa das prefeituras de Jaboatão e de Olinda para solicitar informações sobre os serviços de limpeza nas ruas das duas cidades. Até o fechamento desta reportagem (16h18) as respostas não foram enviadas.